Uma noite de dor e desespero transformou-se em um dos momentos mais angustiantes que uma família poderia viver. No sábado (19), enquanto amigos e familiares velavam o corpo da pequena Kiara, de apenas 8 meses, uma surpresa chocante abalou a todos na rua Lauro Muller, em Correia Pinto.
Em meio ao silêncio e às lágrimas, algo estranho começou a acontecer. Alguns dos presentes notaram que a bebê, que estava no caixão, parecia apresentar sinais de saturação de oxigênio e, em um momento de puro desespero, chamaram os bombeiros. Um farmacêutico que estava no local prontamente utilizou um oxímetro infantil, revelando que a criança tinha batimentos cardíacos e saturação de oxigênio – algo que ninguém esperava.
Com a chegada dos bombeiros, a esperança tomou conta do ambiente. A guarnição realizou uma série de exames no corpo da pequena Kiara. Para surpresa de todos, os batimentos cardíacos estavam presentes, embora fracos, e não havia sinais de rigidez cadavérica. Familiares, que minutos antes se despediam em dor, agora se agarravam à tênue possibilidade de que a menina ainda estivesse viva. A notícia rapidamente se espalhou pelo velório, e a comoção tomou conta de todos.
A bebê foi levada às pressas para o hospital, onde os exames confirmaram saturação e batimentos cardíacos. No entanto, o médico plantonista, após realizar um eletrocardiograma, trouxe a terrível confirmação: Kiara não apresentava sinais elétricos de vida. O choque e a confusão voltaram a dominar o ambiente. Como era possível, depois de tantos sinais, a bebê ser declarada morta novamente?
Cristiano, pai da pequena Kiara, em entrevista, desabafou sobre o caos e a angústia que viveu nas últimas horas. Ele narra que, dias antes, a menina havia passado mal e sido diagnosticada com uma virose. Mesmo medicada, Kiara piorou e foi levada novamente ao hospital, onde, tragicamente, foi declarada morta por desidratação. Porém, o pesadelo estava longe de acabar. “Ela tinha batimentos, era visível. Não é possível que isso tenha acontecido com a minha filha”, lamentou o pai, ainda em choque.
Agora, com o corpo da pequena no hospital e o Instituto Geral de Perícias (IGP) acionado, a família aguarda por respostas sobre o que realmente aconteceu. “Ali não é um cachorro, é uma criança. Isso é negligência”, desabafou Cristiano, incrédulo com os desdobramentos do caso.