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MP pede condenação de três vereadores de Laguna e ex-presidente da Câmara na Operação Seival; mais 13 foram condenados

Promotoria apresenta alegações finais em mais de 200 páginas e detalha acusações de corrupção; prisão preventiva de dois ex-vereadores foi pedida pelo MP

Publicada em 16/07/24 às 21:40h - 114 visualizações

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MP pede condenação de três vereadores de Laguna e ex-presidente da Câmara na Operação Seival; mais 13 foram condenados
 (Foto: REDE DE COMUNICAÇÃO SUL BRASIL )

A promotora de Justiça do Ministério Público Fabiana Mara Silva Wagner pediu a condenação de 17 pessoas envolvidas na Operação Seival. Um pedido de prisão preventiva foi feito para os ex-vereadores Cleosmar Fernandes e Thiago Alcides Duarte. Para os vereadores da atual legislatura (Patrick Mattos de Oliveira, Rhoomening Souza Rodrigues e Kleber Roberto Lopes Rosa) o MP pede o cumprimento da condenação em regime semiaberto.

 

Deflagrada em 2017, a operação revelou uma complexa organização criminosa composta por agentes públicos, profissionais técnicos e empresários, que atuou no Município de Laguna em 2016 e 2017, praticando corrupção passiva e ativa, além de fraudes em licitações.

 

O Ministério Público pediu a condenação dos seguintes acusados: 

  • - Cleosmar Fernandes (ex-vereador e ex-presidente da Câmara): Corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações e peculato.
  • - Thiago Alcides Duarte (ex-vereador): Associação criminosa e corrupção passiva.
  • - Valdomiro Barbosa de Andrade: Associação criminosa e corrupção passiva.
  • - Antônio César da Silva Laureano: Corrupção passiva e ativa.
  • - Patrick Mattos de Oliveira (vereador): Corrupção passiva.
  • - Rhoomening Souza Rodrigues (vereador): Corrupção passiva.
  • - Kleber Roberto Lopes Rosa (vereador): Corrupção passiva.
  • - Osmar Vieira: Corrupção passiva.
  • - Adilson Paulino: Corrupção passiva.
  • - Adílio Hercílio Marcelino: Corrupção ativa.
  • - Antônio Venâncio: Fraude em licitações e peculato.
  • - Marcos Alves Brasilicio: Fraude em licitações.
  • - Alexandro Souza de Almeida: Fraude em licitações.
  • - José Wilson Alexandre: Fraude em licitações.
  • - Felipe de Faveri Fernandes: Fraude em licitações e peculato.
  • - Silvânia Cappua Barbosa: Peculato.
  • - Paulo Uhlmann: Corrupção ativa.

Em 2017, a Operação Seival foi deflagrada após uma investigação intensa que revelou a existência de uma organização criminosa complexa formada por agentes públicos, profissionais técnicos e empresários.  Essa organização estava envolvida em crimes contra a administração pública, incluindo corrupção passiva e ativa, além de fraudes em licitações relacionadas a obras e fornecimento de materiais no município de Laguna entre 2016 e 2017.

 

Após as eleições municipais de 2016, esses vereadores articularam-se para assumir posições estratégicas no governo, como a presidência da Câmara e secretarias municipais, visando beneficiar financeiramente a si mesmos e seus aliados.

 

Cleosmar Fernandes, como Presidente da Câmara, solicitava e obtinha vantagens indevidas de empresários, enquanto Valdomiro Barbosa de Andrade, como Secretário de Obras, indicava secretários e recebia subornos para manter contratos administrativos. 

 

Thiago Alcides Duarte, por sua vez, exigia vantagens relacionadas a obras públicas. A estrutura criminosa era bem organizada, com os vereadores utilizando seus cargos para identificar oportunidades de corrupção e direcionar verbas públicas fraudulentamente, corroborando suas ações por meio de interceptações telefônicas e documentos apreendidos.


Após a primeira fase da operação, alguns membros da organização, incluindo Antônio César da Silva Laureano e Adílio Hercílio Marcelino, firmaram acordos de colaboração premiada com o Ministério Público e a Polícia Civil de Santa Catarina, revelando que a rede criminosa era ainda mais ampla e complexa do que inicialmente identificado.

 

As colaborações premiadas, corroboradas por documentos, depoimentos e interceptações telefônicas, levaram a uma segunda fase da operação com novas ordens de busca e apreensão, além de prisões preventivas e temporárias, expandindo as investigações para outros órgãos e entidades do município e envolvendo outros vereadores e crimes adicionais contra a administração pública.




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