O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, negou na quarta-feira (5) que a prefeitura esteja utilizando fiscais e drones para “caçar” pelados na praia da Galheta, no leste da ilha. A fala foi em entrevista ao programa Gaúcha Mais, da Rádio Gaúcha. Não tem drone para caçar pelado. Tem outras áreas da cidade que merecem a nossa atenção, porque existe uma associação naturista da Praia da Galheta, que está se movimentando, tentando convencer a Câmara de Vereadores que a legislação poderia ser adaptada. A minha preocupação é com a segurança das pessoas, mas eu não vou subir drone para saber se tem pessoas praticando naturismo ou não. Poder ser que o drone seja de qualquer outra pessoa, mas não é da prefeitura. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o tradicional refúgio nudista decidiu combater a presença de pessoas sem roupa. O plano incluiria fiscais e até uso de drones para encontrar quem burla as regras. A medida tem gerado confusões entre comerciantes a favor da proibição e praticantes do nudismo. Escondido por morros com densa vegetação nativa e com grandes pedras, o local -ao leste da ilha- está há décadas na lista de balneários recomendados para a prática da Federação Brasileira de Naturismo. Em 1997, uma atualização na Lei nº 3.455 de 1990 permitiu a prática de nudismo na praia, com o uso de roupas sendo opcional. A norma perdurou por quase duas décadas. Vereadores aproveitaram um projeto para transformar a Galheta numa área protegida, em 2016, para aprovar um pacote que passou a proibir churrascos, animais e fogueiras na praia -além de vetar a nudez nas áreas públicas. Para fugir da supervisão, alguns nudistas escolheriam ficar entre as pedras, em trilhas no meio da mata ou ir ao local somente ao anoitecer -quando é comum a realização de orgias. Outros ignoram a situação e exibem os corpos nus, mas logo alguém aparece para repreender o ato.