Há 27 anos, a Ferrovia Tereza Cristina assumia o modal ferroviário da malha sul-catarinense, por meio de um contrato de concessão com o governo federal. No início da operação, transportava sobre os trilhos o carvão mineral, produzido pelas mineradoras, até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL) para produção de energia, em Capivari de Baixo. Anos depois, outras cargas também começaram a circular pela linha férrea da FTC, do Terminal Intermodal Sul até o Porto de Imbituba. Desde a trajetória da Rede Ferroviária Federal S/A até os dias atuais, com a privatização, a ferrovia contribuiu com o desenvolvimento e crescimento de 14 municípios de Santa Catarina. O supervisor de estação, Jairo Fortunado, acompanhou as transformações do modal na região Sul. “Para quem viu a Maria Fumaça passar durante muito tempo, percebe o quanto o setor se modernizou, seja no ambiente de trabalho ou até mesmo nas próprias locomotivas e vagões. É gratificante ter vivenciado tanta evolução durante esses 40 anos trabalhando no transporte ferroviário,” relembra. Nesse contexto, tem a história da auxiliar administrativo Vitória Mendes Albino, que encontrou na ferrovia a sua primeira experiência profissional. “Iniciei minha história, aqui, como jovem aprendiz e no mesmo ano já fui admitida. É notório como a empresa investe no desenvolvimento e crescimento de cada membro da equipe”, afirma Vitória. Durante essas quase três décadas, a FTC expandiu suas operações, reduziu o número de acidentes, aprimorou a infraestrutura e se consolidou como agente estratégico na cadeia produtiva regional. Além disso, passou a usar biodiesel nas locomotivas, melhorou a via permanente, investiu em responsabilidade socioambiental, saúde ocupacional e segurança operacional. Já foram mais de 76,9 milhões de toneladas transportadas e cerca de R$ 86,2 milhões de investimentos na estrutura ferroviária desde 1997, em 164 km de linha férrea ativos. “O carvão mineral produzido pelas mineradoras da região da Amrec e transportado pela ferrovia, exerce uma influência direta na matriz energética do Estado. Já a integração da ferrovia com o Porto de Imbituba simplifica o escoamento da produção local, ampliando a competitividade das empresas regionais e permitindo que insumos e produtos de nossa região percorram a costa brasileira, por meio do modal hidroviário”, compartilha o diretor-presidente da FTC, Benony Schmitz Filho.