O prefeito de Laguna, Samir Ahmad, informou, em vídeo divulgado no começo da noite de ontem, 7, em seu instagram, que teve o voo de volta para o Brasil cancelado em razão do conflito irrompido na madrugada na Faixa de Gaza. Conforme o Portal Agora Laguna, o chefe do executivo municipal está em viagem desde o fim de setembro na Palestina, terra originária de sua família. A gravação foi postada por volta das 18h no horário de Brasília – quase meia-noite na hora local árabe.
“Eu e minha família estamos em viagem na Terra Santa e em decorrência do conflito que estamos vivendo aqui o nosso voo foi cancelado e vamos ter de aguardar um pouco mais para voltar para o Brasil e para Laguna”, disse Ahmad, na gravação.
No vídeo, Samir Ahmad também afirma que segue em contato com as equipes da prefeitura e com o prefeito em exercício, Hirã Ramos (MDB). “Laguna é uma cidade que está entre todos os municípios que foram fortemente castigados, mas os estragos são materiais e com certeza nos próximos dias serão recuperados”, falou.
Nas últimas horas, várias companhias cancelaram voos de ida e volta para Telavive, entre elas, a francesa Air France, a alemã Lufthansa e Emirates, dos Emirados Árabes Unidos. Algumas empresas esperam cessar-fogo para retornar as viagens e realocar seus passageiros.
O conflito entre Israel e Hamas começou após o grupo radical lançar um ataque-surpresa contra o território israelita no sábado, a partir de Gaza. Esse é considerado um dos maiores ataques que Israel sofreu nos últimos anos. Diante da ofensiva do Hamas, os israelenses declararam estado de guerra.
Neste domingo,8, o último balanço das autoridades indica que ao menos 920 pessoas morreram, sendo 600 em Israel, 313 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. Há milhares de pessoas feridas. Novas explosões foram reportadas na Faixa de Gaza durante a madrugada deste domingo, pelo horário local, e foram se intensificando ao amanhecer. Além disso, de acordo com a agência Reuters, militares israelenses afirmaram que ataques foram feitos contra o norte de Israel a partir do Líbano.
Esses novos bombardeios foram reivindicados pelo grupo armado Hezbollah, que afirmou ter disparado foguetes em “solidariedade” ao povo palestino. Os alvos, segundo o próprio Hezbollah, seriam três posições militares israelenses em uma região conhecida como Fazendas de Shebaa, que está em um território ocupado por Israel desde 1967. Essa área é reivindicada pelo Líbano.
Em nota divulgada à imprensa, o governo brasileiro condenou os ataques. “Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação. Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina”, diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MRE).