A conclusão do Tribunal de Contas da União (TCU) que inocentou o ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier, trouxe um sentimento de justiça para os familiares. Cau, como era conhecido, morreu em 2017. Em entrevista o portal ND+, o irmão dele, Acioli Cancellier, falou sobre a recente decisão.
“Nos deixam emocionados e esperançosos sobre a punição dos responsáveis, mas ao mesmo tempo nos traz uma mágoa, porque nós nunca deixamos de acreditar na inocência do Cau (apelido de Cancellier)”, afirmou Acioli.
Em 2017, Luiz Carlos Cancellier era reitor da UFSC e foi preso na Operação Ouvidos Moucos da Polícia Federal (PF). As investigações apuravam possíveis irregularidades nos repasses ao curso EaD. Sem acusação formal, Cancellier foi levado a prisão, onde possou por revista íntima, sendo proibido de chegar próximo ao campus da UFSC.
Após a decisão do TCU, o Ministro da Defesa, Flávio Dino, escreveu nas redes sociais que iria instaurara um processo disciplinar para averiguar possíveis irregularidades na ação dos agentes da PF que resultou na prisão do, então, reitor. Manifestação considerada importante por Acioli. “Quero que o Estado reconheça que errou. Eu já estou satisfeito se o Estado que reconhecer que errou na condução da operação e assumir a responsabilidade pela morte do Cancellier, e pelo prejuízo de outros professores envolvidos”, destacou.