Dando continuidade aos trabalhos com as ações da operação Dark Shark, a Polícia Científica de Santa Catarina, por meio da Divisão de Engenharia Forense, realizou perícia em trecho da rede de iluminação pública na cidade de Tubarão. A cena inusitada aguçou a curiosidade de quem passava pela avenida Marcolino Martins Cabral na última semana, quando dois peritos criminais e um agente de perícia escavaram diversos pontos do canteiro central da via. A operação deflagrada pela Polícia Civil investiga fraudes em licitações em Tubarão, Capivari de Baixo, Pescaria Brava e Jaguaruna. O perito-superintendente de Polícia Científica em Criciúma, Jones Cambruzzi Pereira, explica que o objetivo da ação foi examinar os componentes utilizados na obra de revitalização – executada em trecho de 2,7 quilômetros ao longo da avenida – para comprovar se foram cumpridos todos os requisitos estabelecidos em contrato. Isso inclui postes, fiação, caixas de passagem e demais equipamentos que compõem o sistema de iluminação pública. “A Divisão de Engenharia Forense da Polícia Científica examinou 94 postes e suas sapatas, verificou os tipos e bitolas do cabeamento da rede, bem como a presença das caixas de passagens e eletrodutos. Para executar o serviço foi necessário escavar o canteiro em volta de cada poste, de modo a constatar com precisão a compatibilidade dos materiais em relação às informações do contrato”, explica Cambruzzi. O perito criminal responsável pelas operações da PCI na região Sul revela que uma nova incursão será feita até o local para verificar possíveis inconsistências nos equipamentos analisados. Estavam presentes na ação o delegado e um agente da Delegacia de Combate à Corrupção, da Polícia Civil de Tubarão.
Sobre a “Dark Shark”
A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DECOR/DEIC), cumpriu 27 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão temporária, em razão de investigação que apura ocorrência de fraudes em licitações. As ordens judiciais foram cumpridas nas sedes das empresas, residências dos investigados e nas prefeituras. A ação policial contou com aproximadamente, 90 policiais civis da DEIC, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, da Delegacia de Polícia da Comarca (DPCo) de Forquilhinha, da DIC de Laguna, da DIC de Araranguá, da DPCo de Imbituba e da Polícia Científica de Santa Catarina.