A Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão na residência de um casal de funcionários públicos suspeitos de realizar compras com verbas da prefeitura de Imbituba e cujos pertences foram desviados em proveito próprio.
Nas buscas, foram recuperados dois iPhones 13, um ar-condicionado, dois frigobares e uma serra sabre, além de vasta documentação.
Os celulares apreendidos
passarão por uma perícia para extração de dados e continuidade das
investigações.
Segundo a polícia, os pertences serão devolvidos à prefeitura de Imbituba e os
autores responderão pelos crimes de peculato doloso por no mínimo seis vezes,
além da falsidade ideológica na compra dos objetos, visto que eles foram
adquiridos sem necessidade à administração pública municipal.
Movimentação suspeita
Segundo a Polícia Civil, a Controladoria-Geral do município percebeu uma movimentação suspeita na compra de alguns bens em nome da prefeitura de Imbituba sem qualquer destinação pública demonstrada, o que indicava um desvio em proveito próprio.
A documentação foi encaminhada à polícia, que realizou uma série de diligências com o objetivo de confirmar as suspeitas.
“Apurou-se que um superintendente de Suprimentos e Expedição de Materiais realizava a solicitação da compra dos referidos bens e a namorada daquele servidor, que também é funcionária pública municipal, realizava o encaminhamento da compra. O recebimento dos bens era realizado pelo funcionário que realizou o pedido, o qual pegava os objetos e levava para sua casa ou utilizava como pertence pessoal, como ocorria com os aparelhos celulares iPhone 13”, detalhou a polícia.
Ainda de acordo com a investigação, parte dos pertences apropriados pelos funcionários era usada em um estabelecimento comercial privado.
Diante dessas
informações, a Polícia Civil de Imbituba representou pela busca e apreensão na
residência dos dois funcionários envolvidos e no estabelecimento comercial
privado, o que foi prontamente autorizado pelo Poder Judiciário após
manifestação favorável do Ministério Público.
Os funcionários públicos não foram presos em flagrante porque não havia
comprovação de nenhuma compra recente. "As compras, as aquisições, a
apropriação em si realizada pelos agentes públicos se dá lá atrás, nos meses de
fevereiro, março e até abril, ou seja, já há algum tempo, o que acaba não
gerando prisão em flagrante porque ela só é aplicada logo após o cometimento do
crime", esclareceu a polícia.