Recentemente, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, o GAECO, solicitou à Penitenciária de Itajaí, informações referentes ao período em que o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, esteve recluso na unidade, entre 17 de fevereiro e 18 de maio.
Conforme o despacho, por vezes, Tokarski reclamou de dores abdominais, febre e vômito, sempre sendo conduzido à enfermaria ou mesmo para atendimento médico. No período, ele também consultou com psicólogo e médico psiquiatra. De acordo com o documento, no dia 17 de maio, foram encontrados objetos de uso proibido em sua cela, como uma carteira de cigarro, sete cigarros avulsos e um isqueiro. Ele assumiu a posse e uma infração foi registrada. Dias antes, porém, Caio já havia riscado a parede da cela com dizeres (não informados), mas se comprometeu com a limpeza. No mesmo dia em que foi advertido, Tokarski alegou ter ingerido grande quantidade de medicamentos. Diante do relato, foi encaminhado para atendimento de emergência em um hospital de Balneário Camboriú. Na ocasião, realizou exames e tomou antídoto para desintoxicação, permanecendo 24 horas em observação na unidade hospitalar. Entretanto, segundo consta no documento, durante o período no hospital, Caio Tokarski chegou a simular quedas de uma cadeira, alegando, inclusive, sofrer hematomas. Exaltado, solicitou a presença de um Delegado de Polícia, um advogado e a realização de uma ligação. Os pedidos foram negados.
Em dado momento, quando os agentes prisionais deram ordem para que ele se mantivesse sentado para aguardar os exames médicos, Caio teria dito que os servidores poderiam fazer o que quisessem e que ele “não era qualquer um”. Ainda durante o período em que esteve recluso na Penitenciária de Itajaí, Tokarski desenvolveu atividades laborais no setor de logística da unidade. Contudo, deixou de colaborar sob o argumento de que não concordava com os procedimentos de segurança, como o uso de algemas para o seu deslocamento interno.