A polícia investiga se o ator catarinense Jeff Machado, encontrado morto e enterrado dentro de um baú, teria pago cerca de R$ 20 mil a um suposto assistente de produção, apontado como suspeito do crime. Ele teria solicitado o pagamento em troca de um possível papel na televisão. A informação foi dada pelo advogado da família do ator. O advogado já tinha afirmado em outra ocasião que o suspeito do crime seria um conhecido de Jeff. Outros detalhes sobre o suspeito não foram repassados para não atrapalhar as investigações. A situação de abandono dos cachorros de Jeff revelou o sumiço do ator. Isso porque os animais foram encontrados abandonados pelas ruas do bairro. Tanto que a ONG Indefesos foi acionada para resgatá-los e descobriu que os animais pertenciam a Jeff. Segundo pessoas próximas ao ator, ele era apaixonado pelas artes e pelos animais. Jeff tinha oito cães da raça Setter Inglês com nomes de famosos e não os abandonaria, conforme relatam amigos e familiares. Por isso, a situação despertou alerta de que ator estaria com problemas.
Corpo encontrado em baú
Na última quarta-feira (24), o corpo do ator foi encontrado dentro de um baú, que estava enterrado e concretado no quintal de uma casa em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O baú onde o corpo de Jeff estava era um item da decoração da casa do ator. Desde fevereiro o ator estava desaparecido, tendo sido visto pela última vez, no dia 27 de janeiro, no mesmo bairro em que foi encontrado morto. A causa de sua morte ainda não foi determinada. O laudo da necrópsia foi inconclusivo. Jeff Machado foi enterrado em sua cidade natal, Araranguá, em Santa Catarina.
A morte brutal de Jeff Machado despertou a curiosidade do público nesta semana após o corpo do ator ter sido encontrado. O artista foi encontrado sem vida dentro de um baú, enterrado e concretado a dois metros de profundidade em um terreno localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo uma amiga próxima dele, o principal suspeito do assassinato era amigo do ator.
Em entrevista ao jornal "O Globo, Cintia Hilsendeger explicou que o principal suspeito da morte de Jeff se passava como assistente de produção de TV e prometia uma carreira de sucesso ao ator. Para isso, o artista chegou a pagar R$ 20 mil por uma oportunidade na Globo. Após o pagamento, o "assistente" sempre inventava uma desculpa para não realizar o prometido. "Ele falava que o Jeff tinha que emagrecer ou engordar. Toda vez ele pedia para o Jeff ter paciência, que o momento dele ia chegar. Falava para ele ficar calmo que tudo ia dar certo, que na próxima novela ele conseguiria", relembrou.
Jeff Machado teria sido morto após cobrar amigo
Ainda na entrevista, Cintia explicou que acredita que Jeff foi morto após pedir o dinheiro de volta ao "amigo". O artista teria descoberto que outras pessoas haviam sido enganadas por essa mesma pessoa. "A gente acredita que a morte dele foi por conta disso, porque ele falou que ia colocar a boca no mundo. No fim, o Jeff pediu o dinheiro de volta e recebeu apenas R$ 2 mil. Ele não tinha noção de que eram estelionatos, poque ele achava que o cara estava apaixonadinho por ele", analisou Cintia.
Mãe do ator faz desabafo forte em TV sobre morte do ator: “Cruel e macabro”
No domingo passado, Maria das Dores Machado, mãe de Jeff Machado, concedeu uma entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, na qual abordou a trágica morte de seu filho. Sentindo-se emocionalmente abalada, a aposentada pedagoga recordou a agonia que enfrentou desde o desaparecimento de Jeff em 27 de janeiro. Além disso, ela revelou seus sentimentos ao descobrir o corpo do filho e compartilhou as aspirações dele em alcançar o sucesso. Dona Maria afirmou que o crime que resultou na morte do ator foi completamente planejado. “Esses 4 meses, eu resumiria numa palavra: tortura. Ele foi encontrado enterrado, dentro de um baú. É muito forte pra uma mãe saber que alguém cortou a vida do teu filho. Por quê? Ele tem uma história linda no trabalho. Nos 44 anos de vida, ele tem um legado.” Maria das Dores também mencionou o comportamento peculiar de Jeff no início do ano, o que a levou a suspeitar que algo estava errado.
“O Jefferson costumava ligar para mim todos os dias. Nós conversávamos, não era só escrita. A partir do dia 24 [de janeiro], era só mensagem de texto. Ele respondia de uma forma estranha. Eu notei que não era ele.”
