Os despachos jurídicos recentes nos casos envolvendo o vice-prefeito de Tubarão, Caio César Tokarski, revelam as razões pelas quais ele é considerado de “periculosidade social” no processo da Operação Mensageiro. Argumentos esses que o mantêm preso, depois de lhe ter sido negado o habeas corpus, ainda na semana passada. Durante a apreensão na residência de Caio Tokarski, foram encontrados dois elementos considerados graves. Em um deles, havia uma minuta para criação de uma CPI que “atentava” contra a Justiça e a Operação Mensageiro. No outro, ele possuía documentos considerados de extrema confidencialidade relacionados à operação. São razões fortes para justificar a sua manutenção em prisão, conforme observado no despacho. Caio Tokarski é tratado, na Operação Mensageiro, como estratégico e levanta suspeitas sobre possíveis aliados infiltrados. Interpretação é decorrente do fato de ter em seu poder os documentos apreendidos. Em outro ponto registrado nos despachos jurídicos, consta a surpresa da autoridade jurídica ao constatar que ele teve acesso à rede de computadores durante sua prisão. Preso em sala individual, com banho quente, aparelho televisor, local de leitura e banho de sol, ele é considerado com regalias que nem todos os presos nas mesmas condições possuem. Nítido que a vigilância sobre as condições em que está preso devem sofrer ampla vigilância. Na semana passada, a Justiça negou pedido de Caio Tokarski para a sua prisão ser relaxada ou transformada em prisão domiciliar. De outro lado, chama a atenção, na investigação, que existem apenas suspeitas e delações sobre o seu envolvimento no esquema. Tudo parte da delação premiada feita pelos integrantes da empresa Serrana, mas não existe dinheiro apreendido ou mesmo alguma imagem flagrante, ou mensagem comprovando o recebimento da propina. A defesa de Caio Tokarski considera que ele está sofrendo uma condenação prévia através da prisão preventiva. Por isso, buscam habeas corpus.