Golpistas estão aproveitando a Operação Sem Desconto, realizada pela Polícia Federal e pela Controladoria Geral da União, para prejudicar ainda mais aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo o Ministério da Previdência Social, diversas pessoas têm recebido mensagens fraudulentas por meio de e-mails, aplicativos de mensagens e outros meios, oferecendo ressarcimento de descontos ilegais feitos pelas entidades investigadas. O alerta divulgado nesta sexta-feira (25) orienta os segurados a não acessarem links enviados por essas mensagens e a não fornecerem informações pessoais. O ministério informou que essas abordagens têm como objetivo enganar os beneficiários, prometendo agilizar o ressarcimento dos descontos irregulares feitos anteriormente. Em relação à devolução dos valores, o Ministério da Previdência Social esclareceu que os descontos realizados no mês de abril ficarão retidos e serão devolvidos na folha de pagamento de maio, que vai de 26 de maio a 6 de junho. Já os valores descontados antes de abril serão analisados por um grupo da Advocacia Geral da União, que determinará a melhor forma de devolução. Importante destacar que, como os descontos foram suspensos, os segurados não precisam solicitar o cancelamento nem se dirigir a uma agência do INSS. A devolução ocorrerá automaticamente. A Operação Sem Desconto foi deflagrada na quarta-feira (23) para investigar um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. Entre 2019 e 2024, estima-se que o valor total dos descontos tenha sido de cerca de R$ 6,3 bilhões. A investigação foca em organizações da sociedade civil que estavam cobrando uma "mensalidade associativa" sem a autorização dos beneficiários. A mensalidade associativa é uma contribuição obrigatória para que aposentados, pensionistas ou membros de categorias profissionais possam fazer parte de associações, sindicatos ou entidades de classe, com o intuito de representar seus interesses no Regime Geral da Previdência Social (RGPS). Esse golpe tem gerado grande preocupação entre os segurados, que são orientados a não cair em promessas de “ressarcimento fácil” e a buscar informações apenas por meio dos canais oficiais do INSS.