A investigação sobre a morte da adolescente Vitória Regina de Souza revelou um novo elemento comprometer para um dos suspeitos. A Polícia Civil identificou no celular de Maicol Sales dos Santos uma busca na internet sobre "como limpar a cena do crime". Além disso, ele teria enviado uma mensagem a terceiros mencionando que "foi filmado", o que pode estar relacionado ao homicídio.
De acordo com informações divulgadas pelo programa Balanço Geral, da Record TV, Maicol teria admitido à polícia que deseja contar tudo o que sabe sobre o crime, alegando que "não agiu sozinho". No entanto, seu advogado, José Almir, contesta as provas encontradas e afirma que seu cliente não realizou as pesquisas na internet nem enviou a mensagem. Almir busca anular a perícia do aparelho celular e reverter a prisão do acusado.
Até o momento, Maicol é o único preso pelo crime. Ele era o dono do veículo encontrado próximo ao local onde Vitória desapareceu. Detido no último sábado (8), teve sua prisão mantida após audiência de custódia no domingo (9). Em depoimento, sua esposa desmentiu a versão apresentada por ele.
A perícia realizada no carro de Maicol encontrou vestígios de sangue e um fio de cabelo, que será submetido a exame de DNA. Vizinhos também relataram movimentações estranhas e gritos vindos da casa do suspeito na noite do crime. Segundo a polícia, houve relatos de que ele teria ameaçado testemunhas para que alterassem seus depoimentos.
Durante as buscas por Vitória, os investigadores encontraram o corpo de Edna Oliveira Silva, de 65 anos, em uma região entre Cajamar e Jundiaí, no interior de São Paulo. A mulher trabalhava com a família de Maicol, e a polícia investiga se há conexão entre os dois homicídios.
Relembre o caso
Vitória Regina de Souza desapareceu no dia 27 de fevereiro, após sair do shopping onde trabalhava. Câmeras de segurança registraram a jovem caminhando até o ponto de ônibus. Pouco antes de desaparecer, ela enviou mensagens a uma amiga relatando que estava com medo de estar sendo seguida. Testemunhas afirmam que um carro com quatro homens a abordou após ela descer do ônibus.
O corpo da jovem foi encontrado uma semana depois em uma área de mata de difícil acesso, apresentando sinais de tortura. Ela estava degolada, com o cabelo raspado e três perfurações de faca pelo corpo. O laudo pericial também indicou indícios de abuso sexual antes da morte.
A polícia segue com as investigações para esclarecer todas as circunstâncias do crime e identificar outros possíveis envolvidos.