O Ministério Público de Santa Catarina instaurou um inquérito civil para apurar a suspensão do uso de câmeras corporais pela Polícia Militar. O estado, que havia sido o primeiro do país a inserir o mecanismo nas fardas dos policiais, anunciou a suspensão do uso da tecnologia em setembro. A questão vinha sendo acompanhada em procedimento administrativo, mas evoluiu para um inquérito civil na última semana, informou o órgão. Segundo o MPSC, o uso das câmeras corporais pela PM representa o "fortalecimento da prova, a diminuição de índices criminais, o combate à violência e o controle do uso da força policial". Há uma semana, a advogada Aline Borges da Silva foi agredida violentamente por militares ao tentar exercer sua profissão em um supermercado de Içara, no Sul de Santa Catarina. A mãe dela, servidora do Ministério Público gaúcho, levou empurrões, choque e um tapa no rosto ao tentar intervir. A cena somente foi flagrada por terceiros. As câmeras corporais já estão desativadas.