A mulher achada morta ao lado de uma cova em Chapecó, no Oeste catarinense, foi identificada como Alexandra Pinto, de 44 anos. De acordo com a Polícia Civil, a vítima teria ajudado um homem com quem mantinha um relacionamento amoroso a abrir o buraco. A intenção do casal era enterrar o ex-marido da mulher no local.
Os planos, no entanto, não se concretizaram. Segundo o delegado Éder Matte, que está à frente das investigações, a suspeita é de que eles tenham se desentendido e Alexandra acabou morta com dois tiros na cabeça. O corpo foi encontrado no sábado (3).
O investigador diz que câmeras de segurança instaladas na região comprovam que a vítima teria ajudado o companheiro, com quem tinha uma relação de oito meses, a abrir o buraco. O local fica a cerca de 5 quilômetros da casa da vítima e não tem moradores perto.
“Temos imagens que mostram o casal de moto indo ao local no dia anterior à morte dela. Lá, eles permaneceram por cerca de cinco horas. No dia da morte, eles retornam ao local, por volta das 7h30min. Depois, às 11h, ele retorna sozinho”, conta o delegado.
Ainda conforme o delegado, logo após assassinar Alexandra, o companheiro dela, de 30 anos, procurou a polícia relatando que ela havia sido vítima de um sequestro. No decorrer da apuração do caso, os policiais descobriram que a história não se sustentava.
Ainda na delegacia, ele teria contado, ao menos, três versões diferentes sobre a situação, o que fez com que os investigadores descobrissem o crime e ele acabou preso. Ao ser questionado, sem dizer a motivação, ele relatou que o plano seria matar o ex-marido de Alexandra, com quem ela teve uma relação de 32 anos e uma filha. Em depoimento oficial, no entanto, ele permaneceu em silêncio.
O ex também foi ouvido pela polícia e não soube dizer por que seria alvo do casal. O delegado confirmou que Alexandra já havia registrado um boletim de ocorrência contra o ex, mas não deu detalhes sobre o teor da denúncia.
Agora, as investigações continuam a fim de elucidar a motivação do assassinato da mulher. A expectativa é de que o inquérito policial seja concluído até o fim desta semana.