O desaparecimento de Diego Scott, em Laguna, ainda é cercado de mistérios e ganhou destaque em uma reportagem do programa “Repórter Record Investigação”, que foi veiculado para todo o Brasil na noite de segunda-feira (22). A matéria fez parte do especial sobre o que eles chamam de “desaparecimentos forçados” de pessoas depois de abordagens da polícia. A reportagem, com mais de 11 minutos, conta com depoimentos dos familiares de Diego, visto pela última vez em 15 de janeiro de 2021 sendo colocado por dois policiais militares dentro de uma viatura, em Laguna. A matéria já pode ser assistida no aplicado Play Plus, da Record TV. Diego tinha 39 anos e enfrentava problemas com drogas e álcool. “Sem a droga, ele era um ótimo filho”, disse a mãe, Maria da Graça Scott, durante a reportagem. A matéria também destaca que Diego tinha antecedentes criminais, por furto e ameaça, e cumpriu pena de dois meses em regime semiaberto. O programa mostra imagens feitas pela PM durante a primeira abordagem ao Diego, na manhã do dia do desaparecimento, ocorrido após a segunda abordagem, feita na tarde do mesmo dia. Na época do crime, os agentes informaram que Diego não estava no local, mas câmeras de monitoramento gravaram a ação da PM e mostraram os agentes abordando Diego. Os policiais mudaram a versão e afirmaram que tinham levado o homem para a estrada geral da Praia do Gi e o deixado no local. Diego nunca mais foi encontrado. A câmera utilizada no serviço dos PMs e o tablet usado na ocorrência estavam desligados. PMs expulsos. Em depoimento ao programa, o então advogado da família explica que um dos PMs envolvidos no caso tinha apenas 20 dias de Polícia Militar e estava em Laguna por conta da Operação Veraneio. O outro PM envolvido é de Laguna e atuava há seis anos. “É um caso de desaparecimento forçado. Ele estava sob a custódia do Estado, dos policiais militares e indefeso, dentro de uma viatura da PM”, explicou o advogado Breno Schiefler Bento. Breno morreu no dia 13 de julho após ficar dois meses internado em um hospital de Tubarão. Os dois policiais foram expulsos da corporação. No fim do ano passado, a Justiça Federal reconheceu a morte de Diego Bastos Scott. O juiz também determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pague pensão por morte à esposa, retroativa a maio deste ano, e ao filho do casal, a partir do dia 15 de janeiro de 2021.