Em operação realizada na manhã de hoje (19), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) deflagraram a segunda fase da operação Fundraising em Santa Catarina. A ação visa desmantelar uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos e fraudar procedimentos licitatórios em diversos municípios catarinenses. A operação resultou na execução de 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício de funções públicas e 63 de busca e apreensão, emitidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Entre os presos estão políticos de destaque como: Clori Peroza (PT), Prefeita de Ipuaçu, Fernando de Faveri Marcelino (MDB), Prefeito de Cocal do Sul, Marcelo Baldissera (PL), Prefeito de Ipira, Mario Afonso Woitexem (PSDB), Prefeito de Pinhalzinho. Ao todo, 22 prefeituras foram alvos de mandados de busca e apreensão pelos crimes de organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção, peculato e fraudes em licitações. Entre os alvos, estavam: Emerson Ari Reichert (PT), empresário e ex-Prefeito de Ipira, Edson Bez de Oliveira (MDB), empresário e ex-Deputado Federal, Mauro Francisco Risso (MDB), Prefeito Municipal de Jardinópolis. Segundo a investigação, o grupo direcionava processos licitatórios em vários municípios de Santa Catarina, sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e assessoramento para a captação de recursos públicos. Esses contratos públicos eram firmados sem a devida comprovação de atividades, servindo apenas para que servidores públicos, agentes políticos e particulares recebessem vantagens indevidas. O nome "Fundraising" se refere a uma metodologia em inglês que visa desenvolver processos para facilitar a captação de recursos. Na primeira fase, deflagrada em setembro de 2023, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelo GAECO em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.