O inquérito policial da Operação Terra Nostra, que culminou na detenção de quatro indivíduos, incluindo o prefeito de Urussanga, foi finalizado e remetido ao Poder Judiciário. As investigações, iniciadas em 21 de março e ampliadas em 16 de abril, revelaram que os dois imóveis adquiridos pela prefeitura não seguiram os procedimentos licitatórios necessários.
O inquérito também revelou casos de falsificação de documentos para viabilizar as compras, além de atos de corrupção passiva e ativa envolvendo os investigados. A Polícia Civil identificou ainda que duas testemunhas prestaram declarações falsas, sendo indiciadas por falso testemunho. Os indiciados foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Durante a operação, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, cinco medidas cautelares diversas da prisão, resultando em 14 indiciamentos, além do sequestro de mais de R$ 2,5 milhões das contas dos investigados para garantir o possível ressarcimento do dinheiro público desviado. Se somadas todas as penas, o tempo de reclusão pode chegar a 55 anos.
Na segunda fase da operação, o prefeito Luis Gustavo Cancellier, os vereadores Thiago Mutini e Elson Roberto Ramos, conhecido como Beto Cabeludo, e o ex-servidor comissionado Marcial David Murara, apelidado de Xixo, foram detidos preventivamente.