“Isso foi corroborado com o laudo pericial feito pelo IML [Instituto Médico Legal], que coloca o horário da morte entre 11h30 e 14h30, ou seja, dentro do horário em que o médico do Samu falou. O médico do Samu fez esse atendimento entre 14h50 e 15h. Ou seja, a hora da morte foi aproximadamente 13h. Nesse horário, mais ou menos, ela estava no shopping”, acrescentou o delegado.
2) Qual foi a causa da morte
Conforme o laudo do IML, a morte ocorreu em decorrência de uma “broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca”. Porém, o IML ainda aguarda o resultado de exames toxicológicos “para determinar se houve fator externo contribuinte para a morte com drogas”.
O laudo diz que o corpo de Tio Paulo tinha “sinais de escaras cicatrizadas em região parietal posterior [cabeça], e equimoses [tipo de mancha roxa] por acessos venosos prévios”.
“Nos achados de necropsia foram identificados sinais de broncoaspiração de dieta e sinais de congestão pulmonar e falência cardíaca por doença isquêmica prévia”, acrescenta o laudo.
O documento cita ainda que foi apresentado ao perito o prontuário médico da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Bangu, onde o idoso esteve internado dias antes, “com diagnóstico de pneumonia não especificada, dependente de oxigênio entre o dia 08/04/2024 e o dia 15/04/2024”.
“No prontuário consta que no dia da alta o paciente estava taquicárdico, com frequência cardíaca de 97 batimentos por minuto, saturação de oxigênio no sangue periférico de 95%, disartrico e com dificuldade para deglutir. Tais dados corroboram o achado de necroscópico de desnutrição e broncoaspiração. A cardiopatia prévia encontrada também favoreceu ao evento morte.”