Operação investiga família de empresários suspeita de irregularidades na compra de 40 mil notebooks para a educação estadual de Santa Catarina. A Polícia Civil apura um prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos. O grupo, formado por membros da mesma família, é suspeito de ter se associado para burlar a licitação e impedir qualquer concorrência através de uma estratégia organizada pelo patriarca, empresário do ramo de tecnologia. Foram bloqueados os bens dos envolvidos no valor do prejuízo estimado, e determinado o impedimento de novos contratos com o Poder Público. Além disso, três veículos de luxo, documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos. A empresa vencedora do pregão pertencia ao grupo suspeito e foi criada em nome de um jovem de 18 anos, com capital de R$ 15 mil e sem funcionários registrados, quando já havia sido iniciada a fase interna da licitação no governo estadual. Mesmo assim, a compra foi feita pela Secretaria de Estado da Educação em 2021. O esquema envolveu a criação de pequenas empresas, usando recursos e conhecimentos técnicos de outra grande companhia, impossibilitando que empresas menores tivessem qualquer condição de concorrer ao processo. O nome da empresa não foi divulgado.
O que diz a Secretaria de Estado da Educação
A nova gestão da Secretaria de Estado da Educação está à disposição da Polícia Civil para fornecer qualquer informação e documentação necessárias para as investigações, reforçando seu compromisso com a transparência e o respeito ao investimento dos recursos públicos. É importante destacar que a investigação citada apura uma ocorrência do ano de 2021, portanto, um pregão eletrônico realizado na antiga gestão da secretaria e durante o governo passado.