O prefeito e o secretário tiveram as prisões preventivas mantidas. Já os filhos do prefeito passaram a cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
A Operação Limpeza Urbana foi deflagrada em janeiro deste ano com base em investigações realizadas pela subprocuradoria-geral de Justiça para Assuntos Jurídicos, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pelo Grupo Especial Anticorrupção.
De acordo com a denúncia, o prefeito e o secretário criaram o programa Cidade Bonita para contratar os serviços de conservação e limpeza urbana.
Nesse contexto, os interessados em trabalhar eram obrigados a constituir empresa, necessitando de uma assessoria contábil. Então, eles eram direcionados pelos agentes públicos para o escritório de contabilidade dos filhos do Prefeito e ficavam sabendo que só poderiam prestar os serviços se devolvessem quantias mensais.
Ainda segundo as investigações, quando o programa Cidade Bonita foi lançado, em maio de 2021, a cobrança mensal por empresa era de R$ 175. Quando a Operação Limpeza Urbana foi deflagrada, no início de 2024, o valor era de R$ 200.
Prestadores de serviços relatam que sofriam ameaças caso não efetuassem os pagamentos. Estima-se que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 100 mil, que teriam sido divididos entre os quatro réus.