Diante da repercussão da informação que uma vistoria interditou uma das comunidades terapêuticas em Barbacena, a defesa do presidente da entidade emitiu uma nota de esclarecimento em que afirma que “todos os acolhidos pela comunidade permaneciam no local por livre e espontânea vontade, assinando um termo de consentimento”. Segundo o Ministério Público (MP), a interdição ocorreu após constatação de irregularidades e indícios da prática de tortura e cárcere privado. Três pessoas foram presas em flagrante na vistoria, ocorrida no último dia 14. A comunidade é denominada Infinity. Ainda conforme o órgão, os acolhidos relataram que foram levados para a comunidade e estavam no local contra vontade e que sete deles eram mantidos em cárcere privado. “Durante todo o período de reabilitação, que via de regra dura cerca de 9 meses, todos os acolhidos têm a oportunidade de frequentar oficinas de artesanato, cursos profissionalizantes, completar seus estudos através do CEJA e frequentar cultos religiosos. Todos os acolhidos mantêm contato com seus familiares através de chamadas de vídeo e visitas presenciais aos finais de semana, além de passar até 3 dias na residência dos seus parentes após um período de reabilitação”, diz outro trecho. A nota é assinada pelo advogado Breno Schiefler Bento. De acordo com a defesa, o presidente da comunidade terapêutica nega “veementemente todas as acusações” e afirma que a “inocência será devidamente comprovada após a conclusão das investigações”. Os quase 50 acolhidos foram retirados do local com apoio das equipes de assistência social da prefeitura, que fizeram os contatos com as famílias e encaminhamentos necessários.
Nota na íntegra
Considerando a notícia divulgada pela imprensa na última segunda-feira (18/03) dando conta da interdição da comunidade terapêutica localizada no Bairro Barbacena, em Laguna, o presidente da associação sem fins lucrativos que administra a comunidade terapêutica, vem a público informar que todos os acolhidos pela comunidade permaneciam no local por livre e espontânea vontade, assinando um termo de consentimento.
Ademais, durante todo o período de reabilitação, que via de regra dura cerca de 9 meses, todos os acolhidos têm a oportunidade de frequentar oficinas de artesanato, cursos profissionalizantes, completar seus estudos através do CEJA e frequentar cultos religiosos.
Todos os acolhidos mantêm contato com seus familiares através de chamadas de vídeo e visitas presenciais aos finais de semana, além de passar até 3 dias na residência dos seus parentes após um período de reabilitação.
A comunidade terapêutica conta ainda com o acompanhamento psiquiátrico e psicológico semanal com todos os acolhidos.
Por fim, no que tange aos supostos fatos criminosos imputados ao Presidente da associação, nega-se veementemente todas as acusações, sendo que a sua inocência será devidamente comprovada após a conclusão das investigações.
Laguna, 20 de março de 2024