Um ex-servidor da Justiça Federal de Santa Catarina foi sentenciado a 15 anos de prisão por desviar mais de R$ 2,5 milhões de contas do órgão. O processo, cujos detalhes estão sob segredo de Justiça, revelou que os desvios ocorreram entre dezembro de 2017 e abril de 2019. Atualmente considerado foragido, o ex-servidor teve seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol. A sentença, divulgada na segunda-feira (22), indica que outro indivíduo, sem vínculo com a Justiça, também foi condenado a 9 anos de prisão por seu envolvimento no crime de peculato. A identidade da dupla não foi revelada. O ex-servidor, lotado na Seção Judiciária de Santa Catarina em Florianópolis e em teletrabalho nos Estados Unidos, foi condenado não apenas à prisão, mas também à perda do cargo. Além disso, deverá ressarcir o erário em R$ 2.538.326,31, valor desviado de processos judiciais arquivados. A sentença, de primeira instância, é passível de recurso junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). O crime consistiu em desviar mais de R$ 2,5 milhões em seis ocasiões, aproveitando-se de informações sobre contas bancárias antigas com depósitos judiciais não retirados. O ex-servidor teria utilizado essas informações para desviar valores para o outro condenado e uma empresa, na qual esse indivíduo possuía sociedade. Os desvios ocorreram após o ex-servidor obter a assinatura de magistrados com quem trabalhava, autorizando a transferência dos fundos. Em janeiro de 2022, o TRF4, por meio de um processo administrativo disciplinar, decidiu pela demissão do ex-servidor.