O presidente da Fundação Lagunense do Meio-Ambiente, Dener Vieira Nascimento, postou em suas redes sociais um vídeo em que revela ter registrado um boletim de ocorrência (BO) contra o presidente da Câmara de Vereadores, Hirã Floriano Ramos (MDB). No vídeo e no registro policial ele anexou imagens de uma conversa privada entre os dois pelo Instagram.
O imbróglio se refere à multa ambiental registrada no final da última semana contra o restaurante Boião, na Ponta da Barra. O espaço é de propriedade da família de Hirã. No vídeo da sessão, o presidente da Câmara se refere a Dener como “moleque”. Nas mensagens privadas, o chama de “cara de pau” e indaga: “Tá pensando que aqui é a Venezuela?”.
“Ocupar um lugar na política sendo jovem e gay ocasiona preconceito, resistência e histórias milaborantes”, desabafou Dener no vídeo.
Hirã foi um dos vereadores que aprovou o relatório da CPI da Saúde, que investigou a prefeitura.
Durante a Sessão da última terça-feira o Vereador Kleber Roberto (Kek) lamentou a situação enfrentada pela família do Presidente Hirã devido à perseguição política. Destacou a longevidade e qualidade do restaurante Boião, que está há mais de 40 anos no mercado. Quanto à CPI da saúde, demonstrou preocupação com a concessão de uma liminar que tranca o trabalho da comissão, gerando repúdio em relação ao judiciário. A Vereadora Deise comentou sobre a perseguição política que o vereador Hirã vem sofrendo por parte do executivo. Questionou as respostas do processo administrativo que foi aberto pelo executivo para averiguar a compra do Projeto Crescer Sorrindo, ainda, cobrou do executivo o dinheiro de volta, da compra deste projeto para investimentos reais na saúde. Aproveitou para frisar que sempre foi contraria ao acordo da Lagunatur e da Prefeitura. O Presidente Hirã Floriano Ramos comentou sobre as investigações que o executivo vem sofrendo, incluindo a fraude de licitação. Aproveitou para deixar claro que o papel do vereador é de fiscalizar. Manifestou indignação com os acontecimentos na última sexta-feira, quando o executivo extrapolou praticando atos ilegais, na tentativa de silencia-lo, caracterizando perseguição política. A imposição de uma multa de quase 90 mil reais contra o restaurante de sua família visando prejudica-lo, a pesar do estabelecimento operar em total conformidade com a lei e possuir aprovação da Flama. Reforçou que jamais será silenciado, comprometendo-se a expor todas as ilegalidades cometidas pelo executivo.