O excesso de velocidade de jet skis no Canal da Barra, em Laguna, fez com que a Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) acionasse os órgãos públicos sobre a prática ilegal que tem ocorrido no espaço reconhecido como santuário ecológico dos botos. Segundo a Flama, em nota divulgada nas redes sociais da fundação, imagens registradas recentemente mostram motos aquáticas operando em alta velocidade na região, uma prática que vai contra as normas federais vigentes. As normativas estabelecem que a velocidade de navegação em áreas onde ocorre pesca com auxílio dos botos deve ser limitada a no máximo cinco nós (aproximadamente 9,26 km/h), para proteger tanto a fauna quanto as pessoas que utilizam o espaço. “A atividade intensa e imprudente de motos aquáticas em velocidades elevadas ameaça diretamente o habitat natural dos botos, causando perturbações que podem ter efeitos prejudiciais duradouros no equilíbrio ecológico da região. A interferência no comportamento dos botos, essenciais para a pesca artesanal em Laguna, prejudica significativamente a economia local e a sustentabilidade socioeconômica da comunidade pesqueira”, alerta a Flama. Além do impacto no ecossistema e na área pesqueira, a fundação cita os riscos para a segurança pública. “As manobras perigosas e a alta velocidade das motos aquáticas aumentam o risco de acidentes, colocando em perigo a vida e a segurança dos banhistas e outros usuários do espaço aquático”. Diante desta situação considerada preocupante, a Flama enviou ofícios ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ao Ministério Público Federal e à Marinha do Brasil, solicitando uma resposta coordenada e efetiva para fiscalizar e controlar o uso dos jet skis na área. Além disso, foram solicitadas ações para ampliar a conscientização da comunidade e dos usuários de motos aquáticas sobre os impactos ambientais e os riscos de segurança associados às suas atividades.