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Segurança

Depois de 17 anos, argentinos serão julgados por homicídio na Ferrugem

O fato de envolvidos e testemunhas serem estrangeiros provocou morosidade processual

Publicada em 20/09/23 às 20:56h - 20 visualizações

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Depois de 17 anos, argentinos serão julgados por homicídio na Ferrugem
 (Foto: REDE DE COMUNICAÇÃO SUL BRASIL )

Será no dia 19 de outubro a sessão do Tribunal do Júri responsável pelo julgamento de três homens argentinos acusados de provocar a morte de um jovem, também argentino, após uma discussão por volta das 5h de 19 de janeiro de 2006, na praia da Ferrugem, em Garopaba.


O fato dos envolvidos e boa parte das testemunhas serem estrangeiros provocou morosidade processual, com a necessidade de expedição de inúmeras cartas rogatórias – instrumento jurídico para comunicação entre as justiças de países diferentes, com o objetivo de obter a colaboração para a prática de atos processuais – e prazos dilatados de cumprimento.


Os três acusados responderão pela morte da vítima. Dois deles por lesões corporais seguida de morte, um por homicídio agravado. Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima, um jovem de 23 anos à época, apenas observava uma briga entre veranistas da entrada de sua pousada, quando teria feito um comentário em voz alta sobre a violência desmedida.


Os três argentinos ouviram sua fala e mudaram a direção da agressividade para o rapaz. Partiram sobre a vítima aos socos. Um deles fez com que o jovem fosse projetado ao solo e perdesse a consciência. Neste momento, um dos agressores apanhou um bloco de pedra de 17 quilos que estava no chão, levantou sobre sua cabeça e atirou sobre o tórax do homem caído.


Neste mesmo dia, os três retornaram para a pousada em que estavam hospedados, arrumaram as malas e partiram de retorno para Corrientes, capital da província do mesmo nome, na região norte da Argentina, a cerca de 900 quilômetros de Buenos Aires.


A polícia chegou aos seus nomes com o auxílio dos responsáveis pelo estabelecimento hoteleiro, que dispuseram suas fichas cadastrais e licenças dos veículos. O trio não chegou a ser preso. Foram ouvidos por rogatórias e negaram participação nos fatos, inclusive disseram sequer conhecer a vítima.




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