A Polícia Civil de Santa Catarina anunciou nesta sexta-feira, dia 15, a prisão do último suspeito envolvido no sequestro de uma menina de 11 anos ocorrido no dia 23 de agosto, no bairro Pio Corrêa, em Criciúma. O desfecho do caso foi revelado durante uma coletiva de imprensa que contou com a presença do delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, o delegado da Diretoria de Investigações Criminais (DEIC), Anselmo Cruz, e o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, Yuri Miqueluzzi.
Ao longo da investigação, a polícia prendeu cinco homens e uma mulher, todos da região de Criciúma, em conexão com o sequestro. O último suspeito foi capturado nesta sexta-feira, encerrando um esforço conjunto das autoridades para solucionar o caso.
De acordo com o delegado Yuri Miqueluzzi, responsável pela investigação, a motivação por trás do sequestro foi exclusivamente financeira. O grupo planejou e executou o crime com o objetivo de obter um resgate, mas as autoridades destacaram que não havia ninguém envolvido acima deles que não tenha sido preso. “Não se trata de um crime contratual relacionado às empresas da família da vítima. O grupo foi todo capturado e queriam coletar a maior quantidade de dinheiro, sem sucesso. São seis pessoas presas, todas identificadas e encaminhadas ao sistema prisional. As investigações estão praticamente encerradas”, destacou Miqueluzzi.
As investigações revelaram que os criminosos planejaram o sequestro por pelo menos dois meses antes de executá-lo. A polícia informou que a pena para os envolvidos pode ser de 12 a 20 anos de prisão.
Durante o sequestro, os criminosos mantiveram contato com a família da menina por meio das redes sociais, exigindo que não comunicassem a polícia nem a imprensa e realizassem o pagamento do resgate solicitado. A polícia esclareceu que, em nenhum momento, a vítima foi levada para um cativeiro. Os criminosos usaram três veículos diferentes durante o sequestro, transferindo a menina de um carro para outro.
Cinco dos envolvidos confessaram o crime, com exceção de um dos criminosos. A polícia também esclareceu que a participação do advogado criminalista, Jefferson Monteiro, no resgate da vítima foi totalmente pessoal e que ele não representava legalmente os criminosos. Monteiro atuou como mediador e motivou os sequestradores a liberar a menina, enfatizando a vulnerabilidade dela por ser uma criança.
Com a prisão de todos os envolvidos, as investigações relacionadas ao sequestro da menina de 11 anos em Criciúma estão praticamente encerradas.