O Ministério Público de Santa Catarina, através da Coordenadoria de Recursos Criminais, assim como fez com os ex-prefeitos Joares Ponticelli, de Tubarão, e Vicente Costa, de Capivari de Baixo, solicitou ao Tribunal de Justiça (TJSC) a suspensão imediata da decisão expedida pela juíza Gabriella Matarello Calijorne Daimond Gomes, no dia 1º de setembro, e que substituiu a prisão temporária do ex-vice-prefeito da Cidade Azul, Caio Tokarski, por medidas cautelares diversas.
Agora, com o recurso protocolado na segunda instância, a defesa do político, representada pelos advogados Pedro Walicoski Carvalho e Sergio Ramos, tenta fazer com que a apreciação do mérito não seja realizada pela 5ª Câmara de Direito Criminal e/ou pela Desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, haja vista o impedimento de ambos reconhecido pelo Órgão Especial em decisão assinada pelo Desembargador Presidente do Tribunal, João Henrique Blasi em agosto.
“Como a 5ª Câmara Criminal insistiu que era competente e que não estava impedida para apreciar os recursos propostos no processo do Caio, entramos com a Reclamação Criminal. Nosso objetivo é que todos os recursos que envolvem o Caio sejam redistribuídos para uma nova Câmara”, enfatizou o advogado Pedro Carvalho.
A expectativa é que uma decisão referente ao caso seja proferida ainda nesta semana.
Caio Tokarski foi preso em 14 de fevereiro no âmbito da Operação Mensageiro. Ele é investigado por suposta participação em esquema criminoso no setor de coleta e destinação de lixo.
Ainda réu, o político saiu da prisão no dia 1° de setembro, instantes após prestar depoimento à Justiça no Fórum de Tubarão.
Em liberdade, algumas medidas cautelares foram determinadas a Tokarski. Entre elas, não pode ingressar na Prefeitura de Tubarão, bem como não poderá ter contato com qualquer testemunha, réu ou colaborador premiado da ação penal ou de procedimentos conexos da Operação Mensageiro.