Imbituba foi um dos principais alvos da Operação Wallet, realizada pela Polícia Civil, e que apura uma quadrilha suspeita de capitalizar os valores obtidos com o tráfico internacional de drogas através da conversão em criptomoedas.
Segundo a polícia, uma das prisões realizadas durante a ação foi no município. Na casa do suspeito, foram apreendidos drogas, dinheiro e muitas malas que estavam sendo preparadas “para, possivelmente, serem usadas no transporte de drogas”.
O delegado Cláudio Monteiro, responsável pela investigação, disse que há grande probabilidade do alvo, preso em Imbituba, ser integrante da quadrilha que alicia pessoas para fazer o transporte das drogas para destinos internacionais, como Austrália, Tailândia e Europa.
“Inclusive, a brasileira que saiu de Santa Catarina e foi condenada a 11 anos de prisão na Indonésia pode ter sido enviada por este grupo que estamos investigando”, detalhou. A jovem tem 19 anos e foi detida em dezembro de 2022, com cerca de 3 quilos de cocaína na bagagem.
Na casa do investigado, também foram apreendidas estufas, pés de maconha e maconha pronta para consumo, além das malas. “Ele faz um trabalho artesanal para ocultar drogas em malas. Isso dificultava o serviço de identificação das drogas nos aeroportos. Passava até pelo raio-x dos locais”, contou o delegado.
Além de Imbituba, foram cumpridas na ação diversas ordens judiciais em Florianópolis, São José, Biguaçu, Camboriú e Navegantes. Entre os mandados, estava o bloqueio de 16 carteiras (wallet) de criptomoedas; 32 mandados de busca e apreensões; 17 mandados de prisão, bloqueios de 15 contas bancárias e empresas, e apreensão de veículos.