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Quase um ano depois, metade dos prefeitos da Mensageiro renunciaram ou perderam mandato

De acordo com o MP, através do superfaturamento nos contratos de coleta, transporte e tratamento de resíduos sólidos, criava-se um saldo positivo que era convertido em propina e distribuído a prefeitos e a outros agentes municipais.

Publicada em 23/08/23 às 09:54h - 36 visualizações

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Quase um ano depois, metade dos prefeitos da Mensageiro renunciaram ou perderam mandato
 (Foto: REDE DE COMUNICAÇÃO SUL BRASIL )

A Operação Mensageiro completa na próxima semana nove meses desde a deflagração de sua primeira fase, em 6 de dezembro do ano passado, como resultado de um trabalho de investigação que começou em 2021. Terremoto político, a ação investigativa do Ministério Público (MP) já levou à prisão 16 prefeitos de vários partidos e cidades diferentes, sendo que metade já renunciou ou perdeu o mandato.

As investigações para a formação do maior e mais complexo esquema de vantagens ilícitas a agentes políticos de Santa Catarina. Coordenada pelos grupos Anticorrupção (Geac) e o de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, a ação envolveu dezenas de policiais e cumpriu mais de 100 ordens judiciais, sendo 16 de prisões preventivas. Mais de R$ 1,3 milhão foi apreendido e quase R$ 300 milhões em bens foram bloqueados.

De acordo com o MP, através do superfaturamento nos contratos de coleta, transporte e tratamento de resíduos sólidos, criava-se um saldo positivo que era convertido em propina e distribuído a prefeitos e a outros agentes municipais.

Confira a situação de cada prefeito preso na Mensageiro

  • Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava – renunciou ao mandato no começo de julho e segue detido no Presídio Santa Augusta. Com a renúncia, os processos em que é réu agora tramitam na Justiça de Laguna. O ex-prefeito foi preso na primeira fase em 6 de dezembro de 2022.
  • Joares Ponticelli (PP), de Tubarão – preso na terceira fase em 14 de fevereiro deste ano, renunciou ao mandato em julho e teve a liberdade concedida, com algumas condicionantes, entre elas, a de não frequentar as dependências do poder público de Tubarão.
  • Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo – detido na segunda fase em 2 de fevereiro, o político renunciou ao mandato em julho e foi solto dias depois do pedido ser aceito pela Câmara. Assim como Ponticelli, também não pode acessar os endereços do poder capivariense. Recentemente, foi aprovado para ser médico em Gravatal, na rede pública de saúde. Foi alvo de impeachment na Câmara e nos termos da Lei da Ficha Limpa está inelegível.
  • Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí – preso na quarta fase da operação, em 27 de abril, o chefe do Executivo é o único da Amurel que segue no mandato, porém, afastado em razão da detenção. Foi tornado réu há duas semanas.
  • Antônio Ceron (PSD), de Lages – preso na segunda fase, o prefeito cumpria prisão domiciliar e foi solto em julho, sendo autorizado a retornar ao cargo de prefeito da maior cidade da Serra catarinense.
  • Felipe Voigt (MDB), de Schroeder – o prefeito foi preso na quarta fase da operação e renunciou ao mandato na última segunda-feira, 21. Segue detido.
  • Luís Chiodini (MDB), de Guaramirim – renunciou ao cargo em carta enviada à Câmara na última terça-feira, 22. Há uma semana, os vereadores negaram abertura de impeachment contra ele. Segue preso.
  • Luiz Tamanini (MDB), de Corupá – apresentou renúncia na segunda-feira passada. Foi preso na quarta fase e continua detido.
  • Luiz Henrique Saliba (PP), de Balneário Barra do Sul – teve o mandato extinto pela Câmara de Vereadores. Foi preso na primeira fase e está em liberdade.
  • Marlon Neuber (PL), de Itapoá – um dos primeiros prefeitos presos, o político itapoanense renunciou ao mandato e será o primeiro a ter uma decisão judicial no âmbito do processo que tramita no Tribunal de Justiça.
  • Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul – teve o mandato declarado extinto. Foi preso na primeira fase da operação.
  • Armindo Sesar Tassi (PP), de Massaranduba – segue preso desde abril, durante a quarta fase.
  • Adriano Poffo (MDB), de Ibirama – segue preso. Detido em abril, escapou da abertura de impeachment na última semana.
  • Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira – teve o mandato declarado extinto. Segue preso.
  • Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras – prefeito em 5º mandato, foi preso na quarta fase da operação e segue detido.
  • Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo – foi preso na quarta fase da operação em abril.

Confira a situação de cada vice preso na Mensageiro

  • Caio Tokarski (União), de Tubarão – único vice-prefeito preso, Caio Tokarski renunciou ao mandato em julho. O político continua detido e busca liberdade junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Já teve alguns pedidos de liberdade negado sob justificativa da “alta periculosidade social do réu”.



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