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Operação Mensageiro: Ex-prefeito fecha acordo de delação e deverá restituir mais de R$ 1,2 milhão

Ex-prefeito afirma que recebeu propinas de outras empresas além da Serrana, investigada na Mensageiro; acordo prevê liberdade em dezembro

Publicada em 27/07/23 às 19:42h - 33 visualizações

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Operação Mensageiro: Ex-prefeito fecha acordo de delação e deverá restituir mais de R$ 1,2 milhão
 (Foto: REDE DE COMUNICAÇÃO SUL BRASIL )

Em uma reviravolta nos acontecimentos, o ex-prefeito de Itapoá, localizado no Litoral Norte de Santa Catarina, preso durante a Operação Mensageiro, assinou um termo de delação premiada em conjunto com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Conforme informações obtidas exclusivamente na quarta-feira (26), o acordo estabelece que o ex-prefeito devolverá aos cofres públicos mais de R$ 1,2 milhão. Segundo a delação homologada pela Justiça, o ex-prefeito confessou ter recebido propinas de diferentes empresas, incluindo a Serrana Engenharia, que estava sob investigação no âmbito da Operação Mensageiro. O montante de R$ 400 mil foi admitido como suborno para facilitar a assinatura de contratos relacionados à coleta e destinação de lixo no município litorâneo. A relação entre o ex-prefeito e a Serrana Engenharia remonta a 2016, quando, antes mesmo de vencer a primeira eleição, ele solicitou um pagamento de R$ 150 mil da empresa. Na ocasião em que a equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) realizou a primeira fase da Operação, foi encontrada uma caixa com o nome da Serrana Engenharia, contendo cerca de R$ 180 mil em dinheiro vivo na residência do ex-prefeito. Segundo ele, aproximadamente 90% desse valor consistia em propina. Através do acordo de delação, ficou estabelecida a restituição de um montante superior a R$ 1,2 milhão, sendo que cerca de R$ 800 mil eram referentes a propinas recebidas de outras empresas. A delação não se limitou ao ex-prefeito, pois também envolveu seu cunhado e um ex-funcionário da prefeitura, ambos obrigados a ressarcir valores aos cofres públicos. No total, os três réus deverão restituir um montante de R$ 1.682.730 como forma de reparar os danos causados pelos crimes cometidos, conforme documento do MPSC. Com base no acordo de delação e cumprindo um ano de prisão desde o momento de sua detenção, o ex-prefeito deverá ser libertado em dezembro. Vale destacar que o caso investigado na Operação Mensageiro em Itapoá será o primeiro a ser julgado, com o julgamento previsto para acontecer no Tribunal de Justiça de Santa Catarina no próximo mês de agosto.

 




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