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Segurança

Polícia já prendeu 17 integrantes de movimentos extremistas em SC, RS, PR e MG

Nos últimos meses, as investigações resultaram, por exemplo, na prisão de oito criminosos que estavam reunidos na área rural de um município da Grande Florianópolis. No local, os policiais civis também recolheram provas robustas – revistas, panfletos

Publicada em 17/06/23 às 12:17h - 41 visualizações

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Polícia já prendeu 17 integrantes de movimentos extremistas em SC, RS, PR e MG
 (Foto: REDE DE COMUNICAÇÃO SUL BRASIL )

Sete grandes operações, nos últimos meses, resultaram na prisão de 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, unidade especializada que integra a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de Santa Catarina. O combate a esses grupos extremistas é também uma maneira eficaz de prevenção à disseminação de conteúdo relacionado a ataques a escolas.

“Santa Catarina é o estado que mais combate o movimento neonazista no Brasil. E isso aparece nos números do trabalho realizado pelos nossos profissionais. Somos protagonistas no combate aos movimentos extremistas”, afirmou o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel.

A visão sobre a excelência do trabalho realizado pela Polícia Civil catarinense é compartilhada pelo governador Jorginho Mello. “A eficiência da nossa polícia se prova mais uma vez. Temos uma polícia que marca forte no combate ao crime”, disse o governador.

De acordo com o delegado Arthur Lopes, titular da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, as investigações demonstram que se trata de um problema nacional, com células espalhadas por outros estados. “E aqui as investigações têm revelado esse problema. Tanto que a maioria dos nossos indiciados presos são de fora de Santa Catarina”, assinalou o delegado Arthur.

Identificar os integrantes das células neonazistas não é uma tarefa fácil. Isso porque não há como traçar um perfil comum. “Encontramos extremistas de todas as idades e ocupações, variando a forma como se associam e promulgam essas ideias neonazistas”, observou o delegado, que tem se dedicado a estudar o tema e, com sua equipe, executa operações policiais bem-sucedidas e de repercussão internacional.

Nos últimos meses, as investigações resultaram, por exemplo, na prisão de oito criminosos que estavam reunidos na área rural de um município da Grande Florianópolis. No local, os policiais civis também recolheram provas robustas – revistas, panfletos e outros objetos com símbolos nazistas – que não deixaram dúvidas sobre o envolvimento do grupo com ideais extremistas. Outros dois integrantes deste grupo foram detidos no Rio Grande do Sul posteriormente. Todos permanecem presos.

O delegado Arthur Lopes contou que o grupo tinha um sistema rigoroso de recrutamento e buscava novos integrantes pela internet. “Eles faziam parte de um braço de um grupo armado de supremacia branca e neonazista fundado nos Estados Unidos”.

Envolvimento de jovens com jogos eletrônicos

Outro caso que repercutiu foi a prisão de um jovem extremista, no município de Porto Belo, que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio contra negros e judeus na internet. “As investigações revelaram os crimes raciais e de apologia ao nazismo praticado pelo indiciado, bem como a sua inclinação ao extremismo, visto que a todo o momento procurava, consumia e difundia conteúdo de ódio, demonstrando especial interesse por “ataques terroristas de lobo solitário”, disse o delegado. No histórico criminal do jovem de 19 anos, casos de violência na escola, agrediu uma professora com um soco na boca, e inúmeras publicações racistas e antissemitas há vários anos. Também não aceitava ter aulas com um professor negro. O jovem indiciado é um produto do mais recente modelo de recrutamento de grupos neonazistas.

Como muitos adolescentes, o indiciado era viciado em jogos eletrônicos. O que muitos pais ignoram ou desprezam é que esses jogos eletrônicos permitem conversas em grupo enquanto acontecem. “É aí que entram os neonazistas. Eles formam pequenos grupos de hábeis jogadores que, eventualmente, permitem que outro jogador participe de seus jogos. Aqui estamos falando de jogadores muito novos, pré-adolescentes ou adolescentes. Sempre meninos”, contou o delegado.

Identificar os integrantes das células neonazistas não é uma tarefa fácil. Isso porque não há como traçar um perfil comum. “Encontramos extremistas de todas as idades e ocupações, variando a forma como se associam e promulgam essas ideias neonazistas”, observou o delegado, que tem se dedicado a estudar o tema e, com sua equipe, executa operações policiais bem-sucedidas e de repercussão internacional.

Nos últimos meses, as investigações resultaram, por exemplo, na prisão de oito criminosos que estavam reunidos na área rural de um município da Grande Florianópolis. No local, os policiais civis também recolheram provas robustas – revistas, panfletos e outros objetos com símbolos nazistas – que não deixaram dúvidas sobre o envolvimento do grupo com ideais extremistas. Outros dois integrantes deste grupo foram detidos no Rio Grande do Sul posteriormente. Todos permanecem presos.

O delegado Arthur Lopes contou que o grupo tinha um sistema rigoroso de recrutamento e buscava novos integrantes pela internet. “Eles faziam parte de um braço de um grupo armado de supremacia branca e neonazista fundado nos Estados Unidos”.

Envolvimento de jovens com jogos eletrônicos

Outro caso que repercutiu foi a prisão de um jovem extremista, no município de Porto Belo, que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio contra negros e judeus na internet. “As investigações revelaram os crimes raciais e de apologia ao nazismo praticado pelo indiciado, bem como a sua inclinação ao extremismo, visto que a todo o momento procurava, consumia e difundia conteúdo de ódio, demonstrando especial interesse por “ataques terroristas de lobo solitário”, disse o delegado. No histórico criminal do jovem de 19 anos, casos de violência na escola, agrediu uma professora com um soco na boca, e inúmeras publicações racistas e antissemitas há vários anos. Também não aceitava ter aulas com um professor negro. O jovem indiciado é um produto do mais recente modelo de recrutamento de grupos neonazistas.

Como muitos adolescentes, o indiciado era viciado em jogos eletrônicos. O que muitos pais ignoram ou desprezam é que esses jogos eletrônicos permitem conversas em grupo enquanto acontecem. “É aí que entram os neonazistas. Eles formam pequenos grupos de hábeis jogadores que, eventualmente, permitem que outro jogador participe de seus jogos. Aqui estamos falando de jogadores muito novos, pré-adolescentes ou adolescentes. Sempre meninos”, contou o delegado.

Missão Israel

A repercussão internacional do combate a grupos extremistas em Santa Catarina foi um dos motivos que levou a Confederação Israelita do Brasil a convidar a Polícia Civil de Santa Catarina para uma visita técnica, que começou nesta sexta-feira, 16, e vai até e 24 de junho, a Israel, com agendas em Tel Aviv e Jerusalém. A missão em Israel é liderada pelo Poder Judiciário, representado pelo desembargador Sidnei Dallabrida, com policiais civis e militares que atuam no TJ, bem como membros do Ministério Público.

A PCSC será representada pelo delegado-geral, Ulisses Gabriel, pelo diretor de Inteligência, Gustavo Madeira, pelo diretor da Acadepol, delegado André Bermudez e o diretor da Deic, delegado Daniel Régis.

Na agenda estão previstos encontros com lideranças israelenses para a troca de informações sobre segurança cibernética, inteligência, investigação, além de ter acesso aos mais modernos recursos tecnológicos para segurança pública.




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