O caso tornou-se público após a deflagração da Operação Caronte, no sul do Estado, neste ano. Salvaro chegou a ficar 20 dias preso durante a investigação.
A sessão no TJ começou às 9h30min e registrou mais de 15 sustentações orais formuladas por advogados em atuação na defesa dos 21 acusados. Só esta etapa se estendeu por 4 horas ininterruptamente, até as 13h40min.
Nesse momento, a câmara suspendeu os trabalhos para almoço e retornou com o julgamento exatamente às 15 horas. O voto da desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, relatora da matéria, foi prolatado em pouco menos de 30 minutos.
A magistrada rejeitou todas as nulidades levantadas da tribuna pelos defensores e aceitou a denúncia do MP em sua integralidade, por considerar presente a justa causa para agir diante dos indícios existentes no inquérito de mais de 15 mil laudas.
Seu voto foi acompanhado de forma unânime pelos desembargadores Luiz Cesar Schweitzer e Luiz Neri Oliveira de Souza.
Prisão
Salvaro foi preso e afastado do cargo em 3 de setembro dentro da Operação Caronte, que investiga irregularidades na prestação dos serviços funerários em Criciúma. Ele foi solto em 23 de setembro, mas seguia sem poder entrar na prefeitura.
O Poder Judiciário autorizou que ele voltasse ao cargo em 31 de outubro. O vice-prefeito, Ricardo Fabris (MDB), ficou como responsável pelo município enquanto Salvaro estava preso ou afastado.