O prefeito reeleito em Imaruí, Patrick Correa (Republicanos), teve sua diplomação cassada pela Justiça Eleitoral, em primeira instância, por abuso de poder econômico e político. A decisão também afeta o vice-prefeito, Lucenir Gomes Gutero. Ambos são acusados de se beneficiarem de cargos públicos para promover a campanha de reeleição, com destaque para o uso das festividades de aniversário da cidade como forma de impulsionamento eleitoral. O Ministério Público Eleitoral foi o responsável por mover a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que resultou na cassação dos diplomas e na inelegibilidade de Patrick Correa por oito anos. A cidade poderá ter uma nova eleição caso a decisão seja mantida nas instâncias superiores, já que ainda cabe recurso. Patrick Correa foi reeleito com 55,76% dos votos válidos, em uma disputa contra Gilberto da Awe (PL), que obteve 25,18%, e Sérgio Faust (PP), com 19,07% dos votos. O prefeito já havia sido preso na quarta fase da Operação Mensageiro, em abril de 2023, e passou cinco meses na prisão, além de um afastamento de 180 dias da função. Ele voltou ao cargo em março de 2024. Na véspera da eleição, a Procuradoria Geral da República recomendou seu afastamento das funções públicas, alegando receio de que o prefeito utilizasse o cargo para práticas ilícitas. A coluna tentou contato com a defesa de Patrick Correa e Lucenir Gomes, mas não obteve resposta até o momento. O espaço segue aberto para manifestações.