O partido Agir, de Capivari de Baixo, está sendo alvo de uma investigação eleitoral por suspeita de utilizar uma candidata “laranja” nas últimas eleições municipais. A prática, que consiste em inscrever candidaturas fictícias para atingir a cota mínima de 30% de candidatas mulheres, exigida pela legislação, é considerada uma grave violação do processo democrático. De acordo com fontes ligadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), as investigações se intensificaram após surgirem indícios de que a candidata em questão não fez campanha ativa nem tinha intenções reais de assumir o cargo, servindo apenas para compor a lista do partido. Se comprovada a fraude, todos os vereadores eleitos pelo Agir poderão ter seus mandatos cassados, como já ocorreu em outros municípios brasileiros. A possível cassação pode causar uma reviravolta no cenário político da cidade e outros partidos estão atentos aos desdobramentos do caso. Se comprovada a fraude, além das punições penais, o partido poderá sofrer sanções. A investigação ainda está em curso. O presidente do partido Agir de Capivari de Baixo, Marcos de Souza, disse ao DS que até o momento o partido não foi formalmente citado ou notificado pelas autoridades competentes a respeito da denúncia. “Desse modo, não dispomos de informações oficiais sobre o teor ou a procedência da referida acusação”, disse. “Reiteramos que o partido Agir age estritamente dentro dos limites legais e das normas que regulam o processo eleitoral e político no país. Nosso compromisso é com a transparência, a ética e o respeito às instituições democráticas”, afirma. “Caso o partido venha a ser citado oficialmente, adotaremos todas as providências legais necessárias para esclarecer os fatos e garantir que a verdade prevaleça. Sempre nos colocaremos à disposição das autoridades para colaborar com qualquer investigação ou processo, caso isso venha a ser solicitado”, ressalta Marcos. “Reafirmamos nosso compromisso de agir com seriedade em relação a qualquer questionamento ou denúncia envolvendo o partido, mas também consideramos essencial que tais acusações sejam tratadas com responsabilidade e baseadas em fatos concretos”, completa. Um dos vereadores eleitos pelo partido – foram dois, sendo uma mulher -, Marcelo Augusto Muraro Machado, também se manifestou sobre a possível denúncia. “Estou muito tranquilo em relação a esta situação. Todos os candidatos do nosso partido subiram em palanque, fizeram campanha, pediram votos, e sabemos que o partido agiu de todas as formas corretas. Por isso acreditamos que as denúncias serão indeferidas, porque não houve qualquer irregularidade”, pontua o vereador.