“Não tive respaldo nem mesmo com minha história política. Já fui duas vezes vereador, em 2008 e 2012, na época pelo PPS. Depois concorri em 2016 pelo PSDB e não fui eleito, mas recebi 660 votos. Em 2020 concorri novamente, aí já pelo PSB, e tive 214 votos. Neste ano, desisti antes da eleição”, conta.
O fato de, mesmo sem voto, ter ficado como suplente, surpreendeu até mesmo Rogberto. “Como assim, suplente sem ter recebido nenhum voto? Nunca vi disso. Mas mesmo que tenha ficado como suplente, fui o último do meu partido, então não devo assumir”, pontua.
Outros três candidatos da região também “zeraram” nas urnas. Em Capivari de Baixo, Amanda Vargas, do PDT; em Laguna, Professor Ed, do PRD; e em Pescaria Brava, Suelen, do PSDB, não tiveram nem mesmo os próprios votos.
Explicação
O imbitubense ficou como suplente devido ao quociente eleitoral, que não leva em consideração apenas a quantidade de votos recebida pelo candidato, mas também o número de votos recebidos pela sigla.
Para que um partido tenha um suplente, é necessário que consiga eleger pelo menos um representante. Na prática, todos os candidatos do bloco que não foram eleitos se tornam possíveis substitutos do eleito, organizados em uma lista conforme a quantidade de votos recebidos.
O suplente mais votado dessa lista é convocado para ocupar o cargo vago, não havendo exigência de votação mínima.
No caso de Rogberto, dois candidatos do PSB, seu partido, foram eleitos, ficando todos os demais como suplentes.
Ele passou “na frente” até mesmo de candidatos de outros partidos que receberam 500 votos, como Kadyr, do PRD, que não foi eleito e nem ficou como suplente, pois o partido não teve nenhum candidato eleito.
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