A desfiliação do vice-prefeito Moisés Nunes foi a novidade política de Tubarão, mas não chegou a ser uma surpresa dentro da sigla. Historicamente ligado ao ex-vereador Dionísio Bressan Lemos, ele já vinha sinalizando a saída desde que Dionísio confirmou sua filiação ao PL. Moisés, no entanto, pode definir outro rumo político e não pretende ser candidato a nenhum cargo eletivo este ano. O panorama do PP em Tubarão foi frontalmente alterado em fevereiro de 2023, quando o então prefeito Joares Ponticelli foi alvo da Operação Mensageiro, sendo preso e afastado preventivamente do cargo - do qual renunciou meses depois, já em liberdade e aguardando julgamento. Além de prefeito no segundo mandato, Joares era uma liderança incontestável, inclusive pela sua relevância política estadual de ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-presidente estadual do partido. Abriu-se espaço para o surgimento da liderança do deputado estadual Pepê Collaço, eleito com o apoio de Joares. Ele é o condutor do partido no desafio da eleição municipal deste ano. Depois de vencer duas eleições consecutivas, o PP integra a base de apoio do governo Jairo Cascaes, mas sofre a baixa da perda do vice-prefeito. O presidente da Câmara de Vereadores, Gelson Bento (PP), lamentou a saída de Moisés e garantiu que é pré-candidato a vereador, descartando a possibilidade de concorrer a prefeito ou vice. Destacou ainda que os outros três parlamentares (Professor Maurício, Zaga Reis e Valdir Barba) permanecem no partido. Ainda não está claro se o partido pretende ter candidato próprio a prefeito ou vice nesse novo momento.