A semana natalina tem tudo para ser a mais movimentada dos últimos anos no Estado. A Assembleia Legislativa encerra as atividades na quarta-feira, votando a polêmica matéria sobre o desconto de 14% incidente sobre aposentados e pensionistas. E o governador Jorginho Mello deverá deflagrar o processo de mudanças no secretariado. Há alguns indicativos consistentes sobre a reforma e outras cogitações que se tornarão oficiais quando do anúncio pelo governador.
O deputado Estener Sorato Junior (PL) iniciará atividades na Assembleia Legislativa já depois de um ano de eficiente atuação na Secretaria da Casa Civil. Será substituído pelo advogado Felipe Mello, filho do governador e ex-secretário em governos passados. Já atuou como titular das Secretarias de Planejamento e de Turismo, Cultura e Esporte. Jorginho Mello avaliou o cenário, temendo restrições e críticas pelo parentesco, mas recebeu apelos de deputados estaduais. O argumento principal: Felipe vai agilizar aspirações dos parlamentares. A deputada Carmem Zanotto só deixará a Secretaria da Saúde em 2024. Se confirmada sua candidatura à Prefeitura de Lages, pedirá exoneração em março. O secretário da Proteção e Defesa Civil, coronel Armando, deverá passar o cargo para o adjunto, coronel Fabiano de Souza, dos Bombeiros Militares de Santa Catarina. Armando, que já exerceu mandato de deputado federal, deverá assumir na Câmara dos Deputados no lugar da atual deputada Daniela Reihner, ex-vice-governadora, cogitada para assumir uma função estratégica na Secretaria Regional do Oeste. O secretário da Administração, Moisés Diersmann, também deve sair, sendo possível que vá ocupar outro cargo, até definir seu futuro em relação à candidatura a prefeito de Joaçaba, desejada pelo governador. O procurador de Justiça, Paulo Cezar Ramos de Oliveira, deverá retornar ao Ministério Público de Santa Catarina. Sucessor ignorado, o que ocorre também com o secretário da Agricultura, ex-deputado Valdir Colatto (MDB) que deverá ser substituído. Outros ajustes poderão ocorrer por conta das eleições municipais e por avaliações de desempenho aliadas à governabilidade na Assembleia.