O prefeito de Imaruí, Patrick Corrêa (Republicanos), ficará afastado do cargo por seis meses. A decisão da Justiça foi divulgada nesta quinta-feira (19). Ele já estava sem ocupar a cadeira de prefeito por um mês desde o fim de setembro, mas o prazo terminava nesta sexta-feira (20). Agora, ele teve o prazo de afastamento ampliado.
Patrick Corrêa foi preso em abril deste ano, na quarta fase da Operação Mensageiro, que investiga o pagamento de propina a políticos em troca de vantagens em contratos de coleta de lixo em cidades de Santa Catarina.
No dia 21 de setembro, o prefeito foi solto mediante duas medidas cautelares: proibição de manter contato com colaboradores premiados do processo contra ele na Operação Mensageiro e afastamento do cargo público por 30 dias.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) questionou o prazo de afastamento aplicado ao prefeito. O órgão manifestou receio de que o cargo público pudesse ser usado para a prática de crimes ou para interferências em etapas da ação na Justiça, já que o afastamento terminaria nesta sexta-feira.
O pedido do MP era para que a prisão preventiva do prefeito, revogada no fim de setembro, fosse decretada novamente, ou ao menos que a suspensão do cargo fosse por tempo indeterminado.
Em julgamento nesta quinta-feira (19) na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), os desembargadores concordaram com parte do argumento do MP. Eles decidiram manter o prefeito em liberdade, mas estenderam o afastamento de Patrick Corrêa do cargo por 180 dias.
A suspensão começa a contar a partir de 21 de setembro. Pela decisão, o prefeito de Imaruí ficará afastado e só pode retornar ao cargo na segunda quinzena de março de 2024.