Em Tubarão, como todos sabem, eleição indireta definirá novo prefeito e vice. A disputa será no dia 7 de agosto. Edital já foi publicado e as inscrições seguem até às 19 horas do dia 4.
Quanto aos candidatos, difícil dizer. Talvez, o mais correto seja afirmar que a chapa vencedora será composta por vereadores.
As negociações entre eles têm sido frequentes. Por enquanto, nada definido. Nada mesmo. Não há consenso de vitória. Muito menos de derrota.
Para se ter uma ideia, Moisés Nunes (PP), que faz parte da bancada governista na Câmara, oscilou. Ele participou de uma reunião com os vereadores de oposição e estava praticamente fechado com eles. Declinou depois que Thiago Zaboti (DC) se apresentou como candidato. O anuncio foi tomado como uma surpresa desagradável, pois não era esse o combinado.
Aliás, embora legítima, a pré-candidatura de Thiago Zaboti parece ter surpreendido a todos que estavam na reunião, incluindo o Chefe da Casa Civil, Estêner Soratto (PL), e o deputado estadual, Volnei Weber (MDB).
Os opositores, em sua maioria, apoiam e querem fortalecer a candidatura de José Luiz Tancredo (MDB). Para eles, o conhecimento e experiência do emedebista são fundamentais para a nova administração municipal.
Thiago, entretanto, talvez influenciado por alguma outra liderança, não tem demonstrado interesse em voltar atrás. Novato na política, exercendo o seu primeiro mandato e sem muita voz na Casa Legislativa, pode também estar apenas valorizando o seu passe.
Ainda que contraditório diante de sua atuação como vereador, não surpreenderá caso ele apoie a situação. Aguardemos.
Mas, como disse acima, nada está definido. A base do governo também está longe de um consenso. Depois de recuperar Moisés Nunes – oferecendo-lhe o posto de vice-prefeito na composição com Jairo Cascaes – agora, será necessário segurar os aliados. Tem muito chão para ser andado até o dia 7.
Jairo Cascaes (PSD), inclusive, tem articulado para ser o candidato da situação e somar votos suficientes para se eleger. Porém, outros vereadores compartilham do mesmo interesse.
Assim como acontece com Tancredo na oposição, os vereadores de situação também têm respeito à experiência de Cascaes. Além disso, é importante lembrar que até ontem ele ocupava o cargo de Secretário de Gestão. Portanto, igualmente capacitado para chefiar o Executivo Municipal.
Em contrapartida, o “simples” fato de Joares Ponticelli (PP) e Caio Tokarski (União Brasil) não terem preparado o nome de Jairo – ou qualquer outro – como sucessor natural em eventual circunstância, hoje reflete na resistência dos edis em abraçar a candidatura do experiente político sem meias palavras.
Todos se consideram no direito de ocupar a vaga. É como uma herança maldita. O patrimônio é gigante. Não existe testamento e o falecido não deixou esposa e nem filhos, mas tem uma galera querendo aproveitar a oportunidade.
Há quem diga, por exemplo, que Nilton de Campos (PSD) não apoia Jairo Cascaes (PSD) e que o voto da suplente Ritinha Enfermeira (PSD) seria mais garantido. Campos retornou para a Câmara nesta semana. Até então, ele ocupava o cargo de Secretário de Infraestrutura, que passou a ser ocupado por Elienai Rosa Braz. Esse, por sua vez, considerado o braço direito de Nilton na pasta. Seria, então, um combinado com o prefeito em exercício? Nilton almeja ser candidato? Apoiaria Gelson Bento? Coincidências? Fica no ar.
A hipótese de uma via alternativa da base também não está descartada. Zaga Reis (PP), Maurício da Silva (PP), Jean Abreu Machado (PSD) e até Luciane Tokarski (Republicanos) não fugiriam do desafio, caso necessário.
Resumindo: nada definido.