O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse, nesta terça-feira, que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
Este ataque ao hospital Al-Ahli na Cidade de Gaza, e caso seja confirmado, será o mais mortífero bombardeamento aéreo israelita nas cinco guerras que foram travadas desde 2008.
As imagens divulgadas do hospital Al-Ahli mostravam um enorme incêndio rodeando as fachadas do edifício, vidros estilhaçados e corpos, muitos deles desmembrados, espalhados por toda a zona. O ministério referiu que pelo menos 500 pessoas foram mortas.
Diversos hospitais da Cidade de Gaza tornaram-se local de refúgio para centenas de pessoas, na esperança de serem poupados aos contínuos bombardeamentos e após Israel ter ordenado a todos os residentes da cidade e áreas circundantes que se retirassem para o sul da Faixa de Gaza, e que diversas organizações internacionais consideraram impossível de concretizar por envolver mais de um milhão de habitantes.
O porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP) indicou que ainda não possuía "detalhes" do número de vítimas no hospital. “Veremos os detalhes e informaremos o público. Não sabemos dizer se foi um ataque aéreo israelita.” De acordo com as Forças de Defesa de Israel, o acontecimento resulta de um ataque falhado do Hamas com um dos mísseis que foram lançados contra Israel e que provocaram a explosão de um esconderijo com munições, sob o hospital.
Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado a 7 de outubro já provocou pelo menos 3000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.
O ataque surpresa do Hamas a 7 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.