Uma operação de demolição de construções irregulares em Áreas de Proteção Ambiental (APA) foi realizada na quarta (29), em Imbituba. A ação ocorreu na comunidade do Araçá, no bairro Paes Leme, e de acordo com a secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Fiscalização, o objetivo foi restabelecer a ordem no local. Segundo o secretário Adriano dos Passos Silva, os órgãos de segurança receberam diversas denúncias sobre as construções irregulares no bairro. “A ação foi necessária, também para atender o pedido dos moradores locais, que fizeram várias denúncias sobre essas construções irregulares”. As demolições foram realizadas em construções não habitadas e desocupadas e nenhum morador foi removido de suas casas. “Os moradores que se encontram em situação irregular terão o apoio da prefeitura”, afirmou Adriano. A secretaria de Segurança também informou que algumas residências já haviam sido notificadas anteriormente, mas a situação permaneceu irregular. A área fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia-franca, delimitada pelo decreto de 14 de setembro de 2000. A operação foi coordenada pela secretaria de Segurança Pública, Trânsito e Fiscalização, em conjunto com a Polícia Militar, Defesa Civil, Polícia Civil e Polícia Ambiental. Áreas de Proteção Ambiental (APAs) e Preservação Permanente (APPs). As APAs são espaços naturais destinados à conservação da biodiversidade, como fauna e flora, além de proteger os ecossistemas e os atributos culturais e estéticos da região. O objetivo das APAs é permitir a convivência ordenada entre atividades humanas e a preservação ambiental, promovendo o desenvolvimento sustentável. Nesses locais, a ocupação humana é permitida, desde que realizada de maneira que respeite as características ambientais da área e a legislação. Áreas de Preservação Permanente (APPs), por outro lado, são áreas protegidas que possuem funções essenciais para a preservação de recursos naturais, como os recursos hídricos e a estabilidade geológica. Elas protegem zonas sensíveis, como margens de rios, topos de morros e encostas íngremes, para evitar processos como a erosão e o assoreamento dos cursos d’água, assegurando o equilíbrio ambiental a longo prazo. "Essa operação é de extrema importância para a proteção da biodiversidade. São áreas sensíveis, e o objetivo da ação é protegê-las e evitar impactos irreversíveis. Sabemos que as construções irregulares ameaçam a estabilidade do ecossistema como um todo, tornando a fiscalização ambiental fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável e responsável que nossa cidade merece”, afirmou a secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Patrícia Menegaz.