Na segunda-feira (12), os trabalhadores da Celesc entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação tem como motivo a proposta de mudança na forma de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) da empresa. “Depois de um longo processo, em que os sindicatos que representam os empregados denunciaram a negligência da Diretoria na negociação, a categoria decidiu entrar em greve por considerar que direitos adquiridos estão sendo destruídos para favorecer um pequeno grupo”, diz parte da nota divulgada pela Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel). Os trabalhadores afirmam que está sendo dada uma vantagem aos engenheiros em detrimento de outras categorias, especialmente aqueles que ganham menos. A informação é de que a discussão é sobre a forma de distribuição, não sobre o valor a ser distribuído. Apenas serviços de urgência e emergência serão mantidos até o fim da greve, informou o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Energia Elétrica de Florianópolis e Região.
Nota à população:
A Intercel vem a público comunicar a população catarinense que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir das 06 horas da manhã do dia 12 de agosto. O motivo da greve é a postura negligente da Diretoria da empresa tanto na negociação de direitos dos(as) trabalhadores(as) quanto na gestão da empresa. Atuando com uma lógica privada, a Diretoria tem PRECARIZADO condições de trabalho, o que impacta diretamente no serviço prestado à POPULAÇÃO. Apesar de todos os esforços da categoria em manter um atendimento de qualidade ao povo catarinense, a gestão desta Diretoria além de não recompor o quadro de pessoal próprio e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que segue trazendo transtornos, decisões que levam os(as) trabalhadores(as) a situações inseguras tanto física quanto mentais, PREJUDICANDO a população como um todo. Neste cenário, os(as) trabalhadores(as) da Celesc, que têm se dedicado a garantir o atendimento à população ainda têm sido atacados pela Diretoria. Não há valorização dos celesquianos(as) enquanto responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da empresa. Mesmo com uma proposta encaminhada pela Intercel em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024 dos celesquianos(as), a Diretoria não formalizou contraproposta, apostando em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores.