As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul já afetaram 94,3% da atividade econômica do Estado, segundo um levantamento preliminar da Fiergs, a federação das indústrias local. Ainda sem mencionar números, a entidade alerta que “muitos postos de trabalho serão fechados” como “consequência inevitável do caos” que se instalou em solo gaúcho. A estimativa considera o fato de a tragédia ter atingido 447 cidades, o equivalente a 90% do território gaúcho. Os locais mais impactados incluem os principais polos industriais. Todas as regiões gaúchas sofrem as consequências de alguma maneira. Com isso, setores como metalmecânico, móveis, derivados de petróleo e alimentos, calçados, alimentos e químicos, entre outros, são afetados pela maior catástrofe climática da história gaúcha. Segundo a Fiergs, diversas empresas tiveram suas dependências completamente comprometidas e as perdas econômicas ainda são inestimáveis. A entidade cita “danos gigantescos de capital” e problemas logísticos que atingem de forma significativa todas as cadeias econômicas do Estado. “Em boa parte dos casos, não será apenas necessário realizar o trabalho de desobstrução, mas de reconstrução de estradas, pontes, vias férreas e até mesmo o principal aeroporto do Estado está com suas instalações comprometidas”, cita um trecho do estudo. Além da atividade produtiva, a catástrofe compromete exportações e arrecadação de tributos. Para a Fiergs, é “evidente o potencial impacto avassalador” das inundações na economia gaúcha. A entidade observa, ainda, que os efeitos ainda estão em curso e que os números já apresentados representam apenas “uma parte do quadro potencial completo”.