Atuando desde o dia 1º de maio no Rio Grande do Sul, as equipes do Corpo de Bombeiros Militar de SC (CBMSC) resgataram 2.071 pessoas e 284 animais com vida até segunda-feira (06).
Só em Guaíba, na Grande Porto Alegre, foram 1.555 pessoas e 200 animais com vida. No sábado, 4, os bombeiros militares receberam durante o deslocamento um chamado de urgência referente a 100 crianças que estavam ilhadas no segundo pavimento de uma escola. Na chegada, por volta das 19h, prontamente se equiparam e iniciaram o atendimento. Ao chegar no local do pedido de socorro, foi confirmado por se tratar de um espaço que estava sendo usado por famílias que já estavam desabrigadas. Eram 800 pessoas necessitando ser realocadas para locais seguros. Foram contabilizadas 14 horas ininterruptas de trabalho de resgate de pessoas apenas nessa localidade. Trata-se de uma região ampla, de cerca de 30 mil pessoas que historicamente nunca foi atingida por enchentes dessa proporção. Os 32 bombeiros que atuam no Rio Grande do Sul desde a última quarta-feira, 1º de maio, retornam para Santa Catarina nesta segunda-feira, 6, quando haverá troca de equipes. Eles serão substituídos por bombeiros militares das equipes de FT dos Batalhões de Florianópolis, Curitibanos, Blumenau, Criciúma, Itajaí, Tubarão, Canoinhas, São José e Balneário Camboriú.
Atuação na região de Lajeado e Santa Cruz do Sul
Durante a atuação na região de Lajeado e Santa Cruz do Sul, as sete equipes de Força-Tarefa do CBMSC salvaram mais de 600 vidas, entre pessoas e animais. A maior parte da atuação, em razão da expressiva elevação das águas no estado vizinho, esteve relacionada ao resgate de pessoas que estavam ilhadas em suas residências, em cima de telhados e até mesmo agarrados em árvores. Além disso, resgatou três vítimas já mortas, sendo duas delas em áreas deslizadas e uma em uma residência tomada pelas águas. Entre os resgates que mais comoveram as equipes, estão o de um senhor que estava há quatro dias agarrado a uma árvore em Cruzeiro do Sul. Ele relatou aos bombeiros catarinenses que não conseguia ser avistado pelas aeronaves e que ao ouvir nossas equipes apitando, acenou e teve, naquele momento, o resgate que tanto precisava. Outra experiência impactante foi o resgate de uma família de nove pessoas, também em Cruzeiro do Sul, que foi resgatada por civis, porém a embarcação virou e eles tiveram que passar a noite agarrados a uma árvore na esperança de serem resgatados. Novamente ao passar com a embarcação apitando, os bombeiros catarinenses conseguiram verificar que havia pessoas naquele local e realizaram o resgate com sucesso.