No último domingo, 28, o governador Jorginho Mello (PL) fez um pronunciamento a respeito da greve dos professores do Estado. De acordo com o governador, Santa Catarina possui o maior salário da região sul para os profissionais da Educação. Para o governador, a greve está sendo conduzida por uma minoria ligada a sindicatos, que, segundo ele, prefere alimentar conflitos e iniciar uma greve sem justificativa sólida. O ponto central da greve é a descompactação da folha de pagamento, que o governo, no momento, não pode cumprir. Essa medida teria um custo de R$ 4,6 bilhões aos cofres estaduais. O governador enfatiza que essa quantia ultrapassa significativamente os limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal e, praticamente, comprometeria as finanças do Estado.
Leia a nota na íntegra:
Nota Oficial do Governo do Estado de Santa Catarina
Sobre a greve de uma pequena parte
dos professores catarinenses, diante dos fatos abaixo expostos:
Com
base nos portais de transparência de cada Estado, Santa Catarina paga a maior
média salarial da região Sul aos profissionais da Educação, superior em cerca
de 15% à paranaense e aproximadamente 50% maior que a gaúcha. O governo está
aumentando em mais de 100% o vale-alimentação. Revisou o desconto de 14% para
aposentados, garantindo que recebam um valor maior todos os meses no benefício.
Trabalha no maior concurso da história para contratar 10 mil novos
profissionais na Educação. Preocupou-se em garantir que todos os professores
tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e
preparar provas. E que o pedido da descompactação da folha de pagamento é
absolutamente inviável no momento: custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de
Responsabilidade Fiscal. O Estado, portanto, determina, inicialmente, as
seguintes medidas para garantir o acesso de todos alunos catarinenses à
Educação:
Desconto das faltas injustificadas dos professores grevistas;
Contratação de professores temporários para manter as aulas funcionando;
E que a negociação sobre remuneração dos professores só será retomada assim que essa pequena parcela de professores retorne para a sala de aula.
O Governo do Estado julga relevante também realizar um agradecimento público aos quase 90% dos professores que seguem trabalhando nas salas de aula de todas as cidades de Santa Catarina.