Os professores de Santa Catarina entraram em estado de greve. Na última semana o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) aprovou a medida em assembleia estadual na capital Florianópolis. Se mantida, a greve deve começar em 23 de abril. A categoria cobra reajuste do piso salarial e a valorização da carreira. “A pauta de mobilização é uma reivindicação antiga. Deflagramos esse estado de greve porque o governo ficou de apresentar uma proposta em março sobre a descompactação da tabela e não apresentou nada. É uma reivindicação desde 2011”, detalha o professor Rudmar Corrêa, integrante da regional do Sinte em Laguna. A categoria também cobra a realização de um concurso público e o direito à hora-atividade, além do fim da cobrança dos 14%. “É uma pauta tranquila, mas o governo não atende”.
Em nota, o governo disse que “as pautas levantadas pela categoria serão analisadas e discutidas com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda” e que “os professores já foram beneficiados com a ampliação do valor do vale-alimentação. Os professores aposentados também foram beneficiados com o fim da cobrança dos 14%”.
Principais pautas
Valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial;
Revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias;
Garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.
Leia a nota do governo
“A Secretaria de Estado da Educação (SED) recebeu um documento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (SINTE-SC). As pautas levantadas pela categoria serão analisadas e discutidas com as secretarias de Estado da Administração e da Fazenda. Em 2023, o governador Jorginho Mello anunciou um pacote de ações para valorizar os servidores da Educação. Os professores já foram beneficiados com a ampliação do valor do vale-alimentação. Os professores aposentados também foram beneficiados com o fim da cobrança dos 14%. A próxima medida é o maior concurso da história da SED, com a contratação de 10 mil servidores efetivos, cujo edital está previsto para ser lançado no primeiro semestre de 2024. O objetivo é decidir se a categoria seguirá em negociações ou iniciará uma greve”.