Há na comunidade quilombola da Ilhotinha, em Capivari de Baixo, uma lagoa de rejeitos com restos de materiais que podem causar danos à saúde da comunidade. A área é onde antes ficava a extinta empresa Sul Química. A unidade de Capivari do Baixo iniciou suas operações em 1984 e foi abandonada em 1995. Durante o período em que atuou, a empresa processava óleos de motores e, com isso, produtos indesejados do processo como óleos pesados e alcatrão eram descartados em leitos abertos, e acabavam se solidificando. Um dos grandes leitos abertos que permanece até hoje compreende aproximadamente 12 milhões de litros de mistura de óleo semi-solidificado, água e outros produtos usados neste processo. Essa massa é estocada em um leito aberto construído a partir de uma barragem de terra, que está em más condições e, provavelmente, está vazando seu conteúdo no subsolo e arredores. Para piorar, em períodos de chuva, como os que a região da Amurel vem enfrentando nos últimos meses, a água flui para o leito e transborda a parede da barragem, transportando contaminantes para a terra em seu entorno. Esse fluxo também causa danos estruturais à barragem, que pode colapsar e acabar poluindo as terras agrícolas locais e o abastecimento de água.