Após quase três meses da morte da menina Ivy Rech Jung, de apenas um ano e quatro meses de idade, os pais ainda não têm informações sobre as causas do óbito. A mãe, Daniela, foi às redes sociais pedir respostas e explicou o que aconteceu antes e no dia 29 de agosto, data da morte. O atestado de óbito da menina diz que a causa da morte não foi determinada e aguarda exames complementares. De acordo com o relato da mãe, a menina teve uma convulsão repentina e foi levada para uma unidade de saúde de São Ludgero, já que a cidade não possui hospital. Ela foi atendida e os pais foram informados de que se houvesse repetição em 72 horas, era para procurar um neuropediatra. Ainda conforme a mãe, mesmo ela não tendo convulsionado novamente, eles estavam guardando dinheiro para a consulta. Na mesma semana, a Secretaria de Saúde teria ligado avisando que faltavam algumas vacinas da menina. “Eu não a levei antes, porque ela vivia doentinha, e não podia dar vacina porque poderia dar reação. Mesmo assim minha mãe levou na unidade de saúde e quando souberam do quadro de convulsão, eles deixaram para dar as vacinas mais fortes quando ela melhorasse bem. Deram dipirona e ela apresentou reação. No mesmo dia levamos no posto à noite e ela apresentou esta alergia. O médico pediu pra não dar mais”, contou a mãe. Ainda de acordo com Daniela, na segunda-feira, dia 28 de agosto, seu marido foi avisado na nova empresa, que ele deveria levar a carteira de vacinação completa da menina para ser contratado. “Fomos dar as duas vacinas porque ela aparentava estar bem. Levamos ela para escola e avisamos que se ficasse doente, era para ligar. Segundo ela, no dia 29 de agosto, seu esposo estava em casa com a menina e mandava vídeos dela brincando e dando risadas. “Depois disso meu marido disse que ela estava tendo convulsão de novo. Ele já estava com ela no posto. Quando cheguei lá minha mãe, meu pai, muita gente da família já estava lá. Foi quando disseram que iriam transferir para Tubarão porque ali não tinha recurso, e que seria levada de helicóptero”, contou a mãe. “Aquilo me desesperou, porque na outa vez não foi assim, eu senti que tinha alguma coisa errada. Eles deram muito remédio pra minha filha. O médico do helicóptero disse que ia cuidar da minha filha como ele cuida do filho dele. Minha filha estava estável, já na maca para a transferência. Nós fomos indo com o carro da saúde”, explicou. Quando os pais chegaram ao hospital, a aeronave ainda não tinha chegado. “Passou uma hora eu pedi para o meu marido ligar para o posto e eles falaram que estavam estabilizando a nossa filha. Meu pai ficou nervoso e quase quebrou o lugar. Eles diziam que estavam estabilizando, mas ela já estava estabilizada antes de nós sairmos. Na última ligação, eu falei com o meu sobrinho antes e escutei um choro lá do fundo, meu coração gelou. Naquele momento a minha cabeça dizia, ela tá bem, ela melhorou por isso que mandaram nos buscar de volta”, acrescentou Daniela. Quando chegaram de volta à unidade de saúde de São Ludgero, a menina já estava morta. “Não sei de onde tirei forças para ver minha filha assim sem vida. Toda minha felicidade tinha ido embora, meu coração tinha ido embora e até hoje eu não sei o que aconteceu ali. Eles só falaram que ela estava com o pulmão comprometido. Mas como, se a minha filha estava rindo e gargalhando até 3 horas da tarde”, contou a mãe. “É só um desabafo de uma mãe que está há quase três meses sem resposta. Por favor alguém me ajuda eu quero saber o que aconteceu com minha filha. Ela estava estável e tiraram a gente de perto dela. Isso é muito cruel com um pai e uma mãe”, concluiu Daniela. e doente era para ligar. Por volta das 16 horas, ligaram para o meu marido dizendo que ela estava com febre. Levamos ela para o posto e deram dipirona para ela sem perguntar nada e ela começou a dar febre de noite e a gente dando ibuprofeno”, explicou a mãe. De acordo com a secretária de Saúde de São Ludgero, Morgana Rech da Silva, o Município também aguarda o laudo do IML. Sobre prazo para o resultado, a secretária afirmou que a informação foi repassada à família. A secretária entrou em contato com a avó da menina nesta quarta-feira, 17, para oferecer auxílio psicológico para a mãe. Conforme a mãe Daniela, a informação é de que os exames, que seriam feitos em Tubarão, foram transferidos para outra cidade. “A secretária nos disse que levaria de 90 a 120 dias, mas nosso advogado conseguiu a informação do IML de que levaria de 6 meses a um ano e depois não falaram mais nada”, explicou a mãe.