Cida, moradora de Pescaria Brava, também esteve pelo Parque neste domingo (5) e ficou encantada com as apresentações de diferentes companhias de dança do Estado. “Gosto muito de vir ao Parque e quando cheguei aqui vi o movimento e entrei para entender do que se tratava e adorei. Achei lindas as apresentações”, diz.
Um dos mais importantes eventos do gênero em Santa Catarina, o Dança em Cena teve, pela primeira vez, uma edição itinerante no Sul do Estado. O projeto levou para o Parque Diamante +Energia, a programação gratuita neste sábado (4) e domingo (5), com mostra de dança, espetáculos de Cias convidadas, workshops, oficinas em escolas municipais, entre outras atividades. Toda a agenda foi gratuita e teve recursos de audiodescrição e tradução simultânea em Libras.
Mara e Ana Lucia, ambas moradoras de Tubarão, escolheram passar a tarde deste domingo (5) no Parque em Capivari de Baixo e destacaram a importância dos eventos culturais no local. “Fiquei sabendo do evento e achei ótimo, pois é uma oportunidade de participarmos de ações culturais, que muitas vezes não temos acesso”, enfatiza Mara.
Um palco arena montado no Parque Diamante recebeu apresentações de solos, duos e conjuntos da região com coreografias em 10 gênero diferentes: Ballet Clássico de Repertório, Ballet Clássico Livre, Dança Contemporânea, Jazz, Danças Urbanas, Dança de Salão, Sapateado, Danças Regionais ou Populares, K-Pop e Estilo Livre. Foram três sessões de apresentações em cada dia, sábado e domingo.
O Dança em Cena é realizado desde 2017 em Florianópolis. De lá para cá, tem contribuído para a formação de público e de novos bailarinos. “Esta edição itinerante foi uma oportunidade de intercâmbio e de ampliar o que já estamos fazendo na Capital”, afirma Aline Menezes, diretora artística do Dança em Cena.
Apresentações de grupos renomados
Com Cias de renome como convidadas, o Dança em Cena – Edição Sul oportunizou a circulação de grupos com trabalhos já consolidados e assegurou a primeira experiência de palco para bailarinas e bailarinos amadores.
Entre os convidados que subiram ao palco estiveram grupos de trajetória já reconhecida no cenário catarinense como a Cia de Dança Millennium, Cia de Dança Garopaba Atitude, Cia Flamenca Carol Ferrari, Cenarium Company e, representando Capivari de Baixo, a Cia de Dança do Parque Diamante +Energia.
A Cia de Dança do Parque Diamante +Energia, conduzida pelo professor e coreógrafo Alex Martins, apresentou o espetáculo Surpresa. A dança gira em torno de um grupo de amigos que decide planejar uma surpresa especial para um membro do grupo que acha que foi esquecido no dia do aniversário. A trama é contada por meio da dança: segredos são revelados, amizades são testadas e o poder da surpresa é explorado.
Premiada no Festival de Joinville em Jazz e Dança Contemporânea, além de colecionar prêmios na Argentina, Alemanha e México, a Cia de Dança do Parque Diamante +Energia é resultado das aulas gratuitas nas oficinas de ballet e jazz no Parque.
Grupo de teatro apresenta espetáculos gratuitos
Além da mostra de dança, o público também se emocionou com os espetáculos apresentados gratuitamente pelo grupo de teatro de Florianópolis O Dromedário Loquaz neste fim de semana no Parque.
Foram duas peças teatrais para crianças e adultos que atraíram centenas de pessoas ao teatro do Parque. No sábado (4) à noite o espetáculo “A mulher do general e a outra”, abordou a temática do patriarcado através de uma narrativa intensa e permeada por músicas executadas ao vivo.
O infantil “O Pequeno Príncipe”, no domingo (5) à tarde, trouxe uma linguagem poética e metafórica, para crianças de todas as idades. Em cada espetáculo, a plateia presente se relacionava com os personagens aflorando diferentes emoções.
O ator Vinicius Pasinato Damian percebe a conexão com o público através da comicidade, especialmente no personagem do Vaidoso, na peça do “O Pequeno Príncipe”. Em “A mulher do general e a outra”, o discurso presente gera muitas identificações como mulher para a própria atriz Diana Adada Padilha, conectando-a com os seus sentimentos.
A diretora do grupo, Sulanger Bavaresco, declara que “foi uma surpresa ver a emoção do público, ver as pessoas chorando, como uma catarse pela história que estamos contando na cena, e com isso percebemos a importância do quanto é preciso ser destacado sobre o tema da mulher em todos os tempos históricos”, falando sobre “A mulher do general e a outra”.